domingo, 12 de maio de 2013

Visita a um lugar imperdível: O Lugar dos Afectos

Fazia parte dos meus objectivos visitar o "Lugar dos Afectos". E aconteceu neste fim-de-semana (12/5/2013) com os meus afectos pessoais em alta, conciliando poder estar umas horas com a filha e os netos António e Benedita, ao mesmo tempo que apoiava o António na sua participação no "Aquatlo de Ílhavo", onde ele se comportou como um verdadeiro campeão, e a passagem por este lugar maravilhoso. Mas, já agora, aqui fica também (clicar), uma amostra do que fez o António.
Constatei que, realmente, vale a pena uma visita ao "Lugar dos Afectos". E foi encantador fazer a visita na companhia dos escuteiros do "Agrupamento 390 Mafamude", de Vila Nova de Gaia, que me proporcionaram "o regresso" mental aos momentos em que fiz parte do movimento fundado por Baden Powell, já lá vão umas décadas.
Mas o "Lugar dos Afectos" é uma lição deveras interessante, porque nos conduz pelo caminho dos sentimentos que, com a sorte de ser partilhado com um grupo que ainda mantém a pureza desses valores e ali os explicita perante todos sem quaisquer subterfúgios ou ginástica mental, dessa lição se arrecada todo o bom que ela comporta.
O lugar é de sonho. E o objectivo que esteve na origem do seu nascimento, pela lucidez da Drª.Graça Gonçalves, face à sua experiência menos feliz, quando ainda muito jovem, é tanto mais importante quanto possamos comungar dele e ajudar a valorizar sentimentos que "tocam" no amor, na harmonia, na felicidade, na amizade, na partilha, na disponibilidade para com os outros e por aí além. Como acontece com a abordagem à fertilidade, ou à simbologia da romanzeira e da cegonha ou, ainda, pela extensão de uma casa que nos mostra um percurso de vida, onde o formato duma porta nos coloca perante um largo sorriso, que deve ser, afinal, a nossa companhia de todos os dias.
Daqui se retiram mensagens que permitem ajudar, até, a prevenir desvios no que aos afectos se refere. E os livros que as transportam são os importantes mensageiros que cumprem essa missão idealizada por Graça Gonçalves. Os sonhos são incomensuráveis, mas ao mesmo tempo podem ter a nossa própria dimensão, desde que sejamos capazes de os acomodar à nossa medida e torná-los na nossa própria realidade.
Recordo uma frase que diz: "Deus toma conta dos nossos sonhos e, se formos pacientes, pode vir a torná-los realidade".
Creio poder dizer que isso é verdade. Já vivi experiências que me levam a afirmá-lo. Mas não pode haver limites para a paciência.
Foi bom conhecer este recanto no Eixo, junto à Aveiro. Ajudarei a divulgá-lo. Também uma palavra de simpatia ao monitor Pedro.
E, finalmente, um abraço ao Agrupamento 390 Mafamude, que nos acompanhou na visita.
As maiores felicidades para a fundadora deste lindo Lugar dos Afectos.


quarta-feira, 1 de maio de 2013

"Santos de ao pé da porta... não fazem milagres" !

Julgava estar a falar com uma pessoa amiga, quando recebi a chamada da bibliotecária da Liga dos Combatentes, em Lisboa, tratando-me de forma bastante simpática e desinibida, pedindo que lhe oferecesse os dois livros que publiquei sobre a minha passagem pelo serviço militar.
 Pela forma como me tratava, chamando-me de "querido combatente" e "doutor Alvaro Vaz", brinquei com a senhora, rebatendo o tratamento e desatando algumas gargalhadas, até que ela me pergunta a razão de eu estar a rir.
Algo confundido, foi então que perguntei:- mas com quem estou a falar ?
Após identificar-se, passei a tratar o assunto de forma diferente e a conversa mudou de tom.
Afinal não era a amiga que supunha e que estivesse a brincar comigo, mas sim alguém a solicitar-me a oferta de dois dos meus livros para a Liga dos Combatentes, que tinham descoberto na internet, que achavam "uma maravilha" e tratar-se de duas "pérolas" que queriam ter na sua biblioteca.
A surpresa foi grande, naturalmente.
Porque de longe, virem solicitar os meus livros, não acontece todos os dias.
Mas fiquei lisongeado e respondi afirmativamente ao pedido, que foi satisfeito no dia seguinte.
Naturalmente que houve agradecimento pela oferta, mas a maior gratificação foi a constatação de que há sempre quem saiba valorizar o que fazemos. Mesmo que não sejam os de ao pé da porta.