segunda-feira, 4 de agosto de 2008

1996 - Madeira e as bodas de prata

Todos os pretextos são bons para viajar. Desde que se possa, claro está.
E a comemoração dos 25 anos de casados, não podia ser melhor motivo para eu “pegar na Maria” e irmos conhecer a Madeira, que de há muito andava na mira dos nossos destinos turísticos.
A viagem foi a 25 de Maio, embora o dia da comemoração, propriamente dito, tenha sido a 23.
Entretanto, acontecia que eu “já não prolongava o serão” ou “fazia exercícios matinais” desde que a minha Maria foi operada em simultâneo ao apêndice e às “miudezas”, em 8 de Março anterior. Muito tempo … mas enfim, teve que se aguentar.
E então, na Madeira começou uma nova lua de mel !!!
Foram nossos companheiros de viagem o Joaquim e a Manuela, meu irmão e cunhada.
Ficámos alojados no Hotel Santa Maria, do Funchal, tendo depois alugado um automóvel que nos permitiu a deslocação para visitar os inúmeros pontos de interesse que tem a Madeira, principalmente no que à beleza natural diz respeito.
Depois de nos adaptarmos às instalações hoteleiras, procurámos orientar-nos para conhecer a cidade o melhor possível, iniciando desde logo a visita aos pontos mais interessantes que o programa nos sugeria.
O dia que se seguiu foi destinado a visitar Porto Moniz, passando por Ribeira Brava, subir até ao parque natural e Encumeada, serpentear pela estrada que nos levou a Paúl da Serra e daí até ao nosso objectivo desse dia.
De regresso tivemos a oportunidade de passar pela encosta norte, onde o mar e a serra se confundem por cascatas e túneis.
Antes de o dia terminar e em programa organizado por agência de viagens, tivemos a “noite da Madeira” com o jantar tipicamente madeirense servido em restaurante na encosta que nos permitiu um panorama nocturno fabuloso sobre a cidade do Funchal, apreciado do Pico dos Barcelos.
Mas esse jantar teve outra componente, a do espectáculo de folclore e da animação musical, em que todos participaram e alguns de forma muito activa. Até o fado foi cantado pela minha Nelita.
Esse mesmo panorama pôde ser apreciado em visita diurna quando visitámos a Igreja da Senhora do Monte, padroeira da ilha.
Só não fizemos a descida nos tradicionais carros de cestos, uma vez que nos deslocávamos de automóvel e este tinha de regressar à origem.
Pelo caminho deu para apreciar uma zona das Levadas, o sistema de irrigação tradicional, com 1400 km de extensão, que se ficou a dever à necessidade de trazer água das vertentes orientadas a norte, onde abunda, para as orientadas a sul onde se situaram sempre a maioria das plantações, nomeadamente as de cana-de-açúcar.
O Pico do Areeiro foi outra visita que nos deixou na memória uma recordação que jamais se esquece, pelo espectacular panorama que dali se vislumbra.
Partindo do Pico do Areeiro fomos até Santana onde, para além de outras belezas, apreciámos as típicas casas de colmo.
A visita ao Jardim Botânico constituiu outro momento inesquecível desta viagem, pelas espécies que ali se podem apreciar, cuja beleza nos leva a dizer que elas farão parte do número das espécies que também existem no paraíso celestial.
Ainda no mesmo dia nos deslocámos ao Curral das Freiras, apreciando primeiramente do miradouro da Eira do Serrado o panorama fabuloso sobre a freguesia, antes de a visitarmos bem lá na profundidade do vale, que é afinal o centro da cratera de um dos muitos vulcões que formaram esta ilha há umas dezenas de milhões de anos atrás.
Numa das noites foi recebida no hotel a visita de um grupo de folclore madeirense, que nos proporcionou um serão muito agradável, vindo a incorporar-nos nas suas próprias danças e a fazer-nos experimentar o “bailinho da Madeira”. Para não ser só o Alberto João !
Da gastronomia não vou contar pormenores, mas que a recomendo, ai isso recomendo, não esquecendo o vinho da região e o “pão do caco” barrado a manteiga de alho, que é um espanto !
E como acontece em todas as minhas viagens, também aqui fiz votos de um dia voltar.
Pode ser que os votos se cumpram.
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