quinta-feira, 21 de agosto de 2008

2003 - O vício do tabaco levou-me a CUBA

O título pode induzir no pensamento de que esta viagem foi feita para satisfazer na fumaça de um “puro havano”, a minha eventual dependência da nicotina.
Puro engano, pois até sou um anti-tabagista “militante e ajuramentado”, como diria o personagem duma popular telenovela brasileira, Odorico Paraguaçú.
Foi de facto o vício do tabaco que me proporcionou esta viagem a Cuba, mas o vício de alguém que, não suportando 8 horas sem fumar a bordo do avião, abdicou da mesma em meu proveito.
Na circunstância, até posso dizer que o tabaco me fez bem, pois permitiu que uma vez mais fizesse aquilo que tanto gosto fazer – viajar.
Levei comigo a esposa, mas para ela a viagem teve de ser comprada, como é óbvio.
O programa, organizado por uma instituição bancária, foi de excelente qualidade e fez desta viagem uma agradável oportunidade para conhecer um destino turístico que há muito ambicionava.
As condições de alojamento, programas e visitas estiveram ao nível de excelência de todo o programa e dividiram-se por dois espaços: Havana e Varadero.
Em Havana ficámos alojados no hotel Meliá-Havana no regime de “tudo incluído” e do programa constava: visita à cidade com destaque para “Havana Vieja”, onde está situada a Praça da Catedral, Palácio dos Capitães, Palácio do Artesanato e Praça da Revolução.
A seguir, foi o almoço no famoso “Café del Oriente”, no centro histórico de Havana.
Depois de uma tarde a gosto de cada um, rumámos ao belíssimo restaurante “El Algibe”, após o qual nos dirigimos ao mais famoso cabaret do mundo - “Tropicana”, para assistir a um show que não mais esqueceremos.
Este show decorre sobre palcos colocados a diversos níveis em três árvores centenárias, de porte grandioso, com uma envolvência feérica de cor, luz e som.
Mas a parte mais importante são os intervenientes, que formam um elenco de luxo, e nos proporcionam um espectáculo para não mais esquecer.
Para se avaliar da sua qualidade, basta dizer que uma entrada isolada no Tropicana, para assistir a um espectáculo como este, custava na altura o correspondente a 30 contos, com direito a uma garrafa de Rhum.
Foi-nos ainda proporcionada a visita a uma fábrica dessa tradicional bebida cubana e a uma fabrica dos também famosos charutos cubanos.
Não foi aqui que os comprei, mas como não fumador tive de me abastecer de charutos, numa incumbência de quem deixou para mim a viagem, no valor de 600 euros !
Embora adquiridos com emissão de factura, para evitar qualquer problema legal, ainda hoje me interrogo de como passei na alfândega, sem ser molestado, uma dezena de caixas num formato que nem era fácil de acomodar.
Dispusemos ainda de tempo livre para conhecer outros recantos da capital, que nos deixaram uma impressão menos agradável, principalmente no que se refere à conservação dos edifícios.
Apesar das dezenas de anos que já têm, fiquei com uma inveja danada de todos aqueles carros, verdadeiras relíquias, perfeitamente conservados e a funcionar.

Varadero
Terminada a estadia na capital de Cuba, rumámos a Varadero, onde ficámos instalados no Hotel Sol Elite Palmeras, também no regime de “tudo incluído”.
No dia seguinte foi-nos proporcionada uma viagem de barco (kat’a ma-ran) à ilha de Cayo Blanco, onde assistimos à pesca da lagosta, que depois nos foi servida ao almoço.
No percurso, parámos em alto mar numa área resguardada, onde se encontravam diversos golfinhos, com os quais nadámos e nos divertimos com as suas brincadeiras.
No final até nos foi permitido posar com os golfinhos e sacar uma fotografia, que é no album desta viagem uma verdadeira preciosidade.
Como nota negativa, o facto de o almoço me ter provocado um desarranjo intestinal que abalou um pouco a minha disposição, mas não perturbou o resto da viagem.
Houve ainda tempo livre para disfrutar das mais famosas águas das Caraíbas e na véspera da abalada assistir a um espectáculo muito agradável, nas instalações do próprio hotel.
Dizer ainda que a visita a Cuba foi uma feliz experiência, que deixou muitas saudades.
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