









Sempre pronto a MIRAR / ADMIRAR as belezas do mundo. Conhecê-lo, viajando. "Porque uma viagem vale mais que a leitura de 100 livros" !
Mas outros monumentos e lugares muito interessantes foram visitados em Trás-os-Montes e Minho, antes de rumar à cidade de Santiago de Compostela, àcerca da qual obtive informação prévia junto do Turismo espanhol, de modo a não deixar para trás qualquer ponto de interesse que pudesse visitar.
E o "botafumero" (incensário), peça de latão banhada a prata, com 62 Kg de peso e 1,60 m. de altura, movimentada por oito homens em dias de celebração de missa festiva, fazia parte do sonho que procurava tornar realidade, vendo-o em movimento. E assim aconteceu para nossa felicidade.
O vídeo é elucidativo:
Ora, Santiago de Compostela é duma tal riqueza monumental, que por mais que seja visitada, fica sempre algo para ver numa próxima.
E outras visitas vieram a repetir-se ao longo do tempo, constatando que há sempre novas coisas a descobrir.
Na catedral, uma e outra vez cumpriu-se o ritual de encostar a cabeça e colocar a mão na coluna trabalhada, dita de Santiago, ao mesmo tempo que se formula um desejo. E o desejo, ali ou em qualquer lugar, é sempre o mesmo: ter condições para conhecer o mundo e coisas tão belas como as que ali se vêem.
Não sei quando começou, mas dei-me conta a certa altura de que os museus exerciam sobre mim uma enorme atracção.
Talvez porque, já na altura, tinha uma grande apetência pelos ensinamentos que eles nos podem proporcionar e que nem sempre sabemos valorizar e aproveitar devidamente.
Conhecer o passado com os olhos no futuro.
Tinha então os dois filhotes numa idade (8-10 anos) que eu achava ser a ideal para também lhes incutir esse gosto e do mesmo modo lhes proporcionar tais ensinamentos.
Havia no entanto um grande obstáculo - viver no Fundão a 300 Km de Lisboa - onde estão os mais importantes museus.
Apesar disso e de os recursos serem bastante limitados, passei a programar a visita a cada um deles, sempre que tinha a oportunidade de ir até à capital, levando os filhos.
E foi assim que, aos poucos, fomos visitando muitos deles.
Mas não todos, pois ainda há muitos para visitar em Lisboa.
Para além dos museus, também os monumentos históricos, locais de preservação das espécies, como o Jardim Zoológico ou domínios do conhecimento, como o Planetário ou Fundação Calouste Gulbenkian, passaram a constar da selecção de visitas que ia fazendo, sempre que tinha possibilidade.
Curiosamente a arte romana e a história desse império levou-me a visitar exposições e lugares como Conimbriga, Miróbriga, Évora e fez-me alargar horizontes, chegando a levar-me para Mérida, em Espanha, para visitar o Museu de arte romana criado à dimensão e grandeza de todo o espaço que o rodeia, como o circo e o teatro da época. Estávamos no verão de 1994.
Foi uma viagem programada na ida para férias, no Algarve, passando por Ávila, Escorial e Vale dos Caídos (onde já voltei novamente), Toledo, Mosteiro de Guadalupe, Mérida e Grutas de Aracena.
Sacrificaram-se 3 ou 4 dias de praia, mas o enriquecimento que daí resultou foi bem mais compensador.
Mas o mundo tem muitos mais lugares de interesse, para além de museus e monumentos.
E esses haviam de estar, e ainda estão, no topo da agenda, ao longo da vida.
Sobre os que já visitei, bastante tenho para contar.
O que importa realçar, porém, é que o gosto pelos museus leva à marca indelével na matriz das descendências, o que é possível constatar na forma de ser dos filhotes.
Esse olhar está virado para o futuro e olham-no de frente.
Um futuro que está para além de mim.
Que seja risonho, Pitau !
Vão por mim