sábado, 1 de fevereiro de 2014

Quando me casei... ainda era assim !

Recordar como eram os “outros tempos” por aqueles que os viveram, é sempre um acto de rejuvenescimento das ideias, na medida em que se activa o mecanismo da memória, fazendo-a adaptar-se a outras circunstâncias passadas, em que se usufruía de uma juventude que hoje já não existe.
Muito do que então acontecia poderia ser aceitável ou ainda hoje fazer algum sentido(?) para os que viveram tais circunstâncias, mas perfeitamente inadequado para as novas gerações, se tais práticas fossem reinventadas.
Admitindo que ainda haja locais onde algo de parecido possa acontecer, lembrei-me de um pequeno exemplo, que também me tocou, quando aconteceu a minha boda de casamento.
Para além dos inevitáveis convites, feitos pessoalmente ou por escrito, com uma antecedência considerável, havia a prática de obsequiar nos dias anteriores com bolos e outras doçarias, algumas pessoas a quem se atribuía mais consideração ou por quem se sentiam na obrigação de o fazer.
Era o caso de padrinhos, de casamento e de baptismo, para além de patrões, familiares e até alguns vizinhos.
Tenho bem presente que nesses dias acompanhei a ainda minha noiva com uns tabuleiros carregados de doçaria, fazendo um périplo pela casa dos padrinhos.
E sei que foi ao longo da semana, porquanto na véspera já nos encontrávamos em Fátima, onde no dia seguinte foi a cerimónia religiosa e a boda.
A cerimónia religiosa teve lugar na capela do Hotel Pax.
Já o local da boda, foi na então "Estalagem Três Pastorinhos", que ainda hoje existe como hotel, mas muito diferente de então.
Se na altura era um edifício sem construções à sua volta, hoje tem outras dimensões e faz parte do amontoado urbano em que se converteu Fátima.
Apesar dos quase 43 anos passados, tenho bem presentes todos os momentos vividos nesse dia e nos que vieram a seguir.
Mas há pequenas recordações que ainda conservo, como a conta em que me ficou o processo matrimonial no registo civil e na igreja. Era sempre a desembolsar.
Mas também a ementa ficou como recordação.

E olho a imagem, que não podia faltar, daquele momento tão especial, dizendo... como o tempo passa depressa !
 
                                

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