Já há muito que desejava ir até lá ao alto, mas só agora foi possível
concretizar esse meu plano, apenas com a contrariedade de o estado do tempo
não ser o melhor lá pelas alturas. Mas esse é um factor que ninguém controla.
Dia 1. Foi do operador
turístico Pinto Lopes o programa da viagem, que para nós (casal Vaz) começou no
Fundão, onde foi recolhido pelo autocarro que já vinha de Lisboa, com o grupo a
completar-se na Guarda quando as pessoas vindas do Porto se juntaram a nós.
Cidade Rodrigo foi
a primeira paragem, que permitiu aos que não conheciam esta histórica cidade
ficar com uma ideia sobre a mesma, onde o destaque é para as suas muralhas,
ponte romana e catedral. Aqui foi também o almoço que agradavelmente se acomodou
no espaço que lhe estava reservado.
Zamora foi a paragem seguinte, ainda que breve, para apreciar alguns dos
muitos edifícios românicos existentes na cidade e onde se deu também uma
espreitadela ao rio Douro que por ali tem o seu percurso. Mas a curiosidade foi
a existência, numa das praças, da estátua do nosso bem conhecido Viriato, que
se diz ter nascido nos montes hermínios, e que na sua base tem a inscrição
“terror romanorum”, que celebrava as suas vitórias sobre os romanos (oito no
total), arrancando um farrapo dos seus estandartes vermelhos e colocando-os na
sua lança.
León seria
o termo da etapa seguinte e onde foi também o nosso alojamento e jantar, após o
qual foi feita uma visita à zona histórica e ao “bairro húmido”, que apenas
quer dizer zona de “bodegas” típicas.

Dia
2.
Deixando León para trás, a visita seguinte foi à cidade de Oviedo, capital do
principado das Astúrias e que me impressionou pela sua limpeza, onde desde manhã
cedo se procede à lavagem das ruas, sendo informado pelo guia local que há um
grande rigor quanto à separação por tipo de lixos e quem não recolher os
dejectos dos cães que passeiam pelas ruas pode valer-lhe uma multa de 300 €. Os
seus habitantes são chamados de Ovetenses e também conhecidos por “Carbayones”
(carvalhões), havendo também um bolo tradicional com o mesmo nome, que comi e é
muito bom. É a sede da Fundação Príncipe das Astúrias, que atribui prémios em
diversas áreas, que a seguir ao Nobel é dos mais importantes. Também nos dizem
que por toda a cidade se encontram cerca de 150 estátuas, o que tivemos
oportunidade de confirmar pelas muitas que nos foi dado encontrar na nossa
visita.

Continuando para Cangas de
Onis, onde nos foi servido o almoço, prosseguimos para Covadonga, visitando o
Santuário-Basílica ali existente e em visita facultativa aos lagos Enol e la
Ercina, que se tornou numa experiência pouco agradável devido às condições
climatéricas nada favoráveis (nevoeiro intenso).


A viagem prosseguiu por
Arenas de Cabrales, conhecida pela produção de queijo, até La Franca onde se
encontrava o hotel em que foi o nosso jantar e a nossa pernoita.
Dia 3. Saindo para Potes, prosseguimos
o caminho para Fuente Dé onde teríamos a possibilidade de subir em teleférico
os 1.823 m. que nos dariam a oportunidade de apreciar o Parque Nacional de
Liébana e as altas cordilheiras, mas
também aqui as condições atmosféricas nos contrariaram as intenções.
Regressando a Potes foi-nos proporcionado o almoço com um prato de
características locais, com muitas semelhanças ao nosso cozido à portuguesa.
Continuando a nossa viagem
foi feita uma paragem em Santillana del Mar, com visita ao mosteiro românico La
Colegiata. A última paragem foi em Santander, onde teve lugar a nossa
instalação hoteleira e nos foi servido o jantar, bem defronte do mar.
Dia
4. Depois de uma breve visita panorâmica pelas praias e cidade de Santander,
iniciou-se a viagem para Valladolid, onde se visitou o centro histórico,
incluindo Catedral e Plaza Mayor. Aqui foi o nosso almoço, após o qual seguimos
para Salamanca, uma cidade declarada Património da Humanidade pela Unesco. Todo
o seu património monumental é de uma riqueza incalculável, no qual se inclui a
sua prestigiada universidade. Nesta cidade foi o nosso jantar e a nossa instalação
hoteleira para a última noite.
Dia 5. Depois de uma noite que
nos permitiu ver também o quanto são animadas essas noites em Espanha, numa
Plaza Mayor a fervilhar de gente, foi possível uma visita a pé a esta
maravilhosa cidade, apreciando toda a monumentalidade das suas construções e
por fim saborear um almoço de características locais muito ao gosto de toda a
comitiva. Por fim o adeus a todos os companheiros e o regresso de cada um aos
seus locais de origem. Pode ser que um dia encontremos alguns dos novos amigos
agora conhecidos.
Resta deixar uma palavra de apreço à guia Teresa Lucas e ao motorista
Victor pela simpatia e profissionalismo.