sexta-feira, 20 de março de 2009

2007 - AÇORES - Faial e Terceira

A visita a estas duas ilhas dos Açores surgiu através de um dos programas do Inatel.
O testemunho que então fiz sobre ele está traduzido na última quadra de todas as que fui fazendo e que foram dadas a conhecer durante as animações que aconteceram no decurso do programa.
Poderia inserir as imagens e todas aquelas quadras e penso que seria o suficiente para estar feito o relato da viagem.
Mas não poderia deixar de fazer esta referência aos programas do Inatel, que são muito bons.
A rimar vi os Açores
A rimar faço o relato
Juntando todas as cores
P’ra lhe fazer o retrato

FAIAL

Finalmente vim visitar
Esta linda terra de flores
Pois há muito ando a sonhar
Por conhecer os Açores

Agarrei a ocasião
Não deixando passar o dia
Disse adeus ao Fundão
E trouxe comigo a Maria

Comecei pelo Faial
Virá depois a Terceira
Mas daqui até final
Vai correr tudo à maneira

A viagem de avião
Que fizemos sobre o mar
Não teve nenhum safanão
Correu bem até poisar

Chego a terra, pego a mala
Vejo uma mão a acenar
Ali estava a nossa Paula
Com o bus p’ra nos levar

E por uma estrada torta
Ao hotel nos veio trazer
Cá na cidade da Horta
Que enfim vou conhecer

Da história e da conquista
da ilha, vieram dizer
E veio a nutricionista
P’ra falar do bem comer

Capelinhos, o vulcão
Vi do cima da ladeira
Devido ao nevoeiro então
Já não pude ver a Caldeira

Cá de longe olhei o Pico
Não o pude ir visitar
Mas contente já eu fico
De o ter no meu olhar

Houve almoço e animação
Até na dança dei um toque
E foi nessa ocasião
Que cantei no karaoke

Para contar tudo o que vi
Mais havia para quadrar
Mas vou ficar por aqui
Conto mais se cá voltar

Diz que é animadora
Em vez de ser uma guia
Do que a Paula é portadora
É de muita simpatia

Vamos por isso ter saudade
E vontade de voltar
Por esta nova amizade
Que por nós fica a chamar

P’ra não fugir ao rigor
Nesta volta muito airosa
Uma palavra ao condutor
Que parece Pedro Abrunhosa
TERCEIRA

Do Faial vim p’ra Terceira
Num avião sem aparência
Mas o voo foi de primeira
E não houve turbulência

Ao passar sobre esta ilha
Vi uma manta de retalhos
Verdadeira maravilha
São os pastos e seus orvalhos

Em Biscoitos provei vinho
Vi museu e vi a vinha
Vi piscinas no caminho
E provei queijo Vaquinha

Fiz ginástica matinal
P’ra saúde ser melhor
Veio a noite cultural
Com o grupo de folclore

Vi o museu e a Sé
Os impérios tradicionais
Casas de Deus e de fé
E a dos Capitães Generais

Vi as Lajes e a Achada
Tudo me ficou na memória
Nesta volta que foi dada
Até à Praia da Vitória

Quanto à nossa animadora
Foi diferente da do Faial
Elegante e sedutora
E de trato mais formal

Mas com muito profissionalismo
Nos mostrou esta cidade
De Angra do Heroísmo
Património da Humanidade

P’ro programa classificar
Vou juntar umas estrelas
Para cinco já lhe dar
Pois mais fica a merecê-las

segunda-feira, 9 de março de 2009

VISITA PASCAL NO FUNDÃO, 1979

VIAJANDO NO TEMPO (4)
Já o disse e irei repeti-lo, de certeza, muitas mais vezes: viajar é das coisas que mais gosto de fazer.
Por outro lado, a sabedoria popular tem para mim um valor tal, que me leva a adoptar como referência para a minha vida, algumas das sacramentais frases que todos conhecemos.
Uma delas é a que nos diz que: "recordar é viver".
E é lógico que assim seja, pois basta recordar algo de bom e tal já permite que esse momento se viva mais que uma vez, apesar de nos poder trazer também a saudade.
Mas se encararmos as coisas sem saudosimos balofos ou doentios, então a recordação é mesmo sinónimo de vida.
E é essa vida que que me permite fazer também as viagens pelo tempo e chegar a momentos que já se encontram a longa distância, mas que as imagens então gravadas nos permitem trazê-los até aos dias de hoje.
A viagem no tempo que hoje aqui relato, é o da visita pascal que há anos se fazia no Fundão.
O padre vinha de casa em casa, com o sacristão tocando a campainha, dar Jesus a beijar e um bando de garotos ficava na rua à espera que lhes fossem lançadas umas moedas ou até algumas goluseimas.
Também os amigos e vizinhos vinham beijar Jesus e a cena repetia-se de casa em casa, onde não faltava na mesa o bolo de páscoa e a garrafa do vinho do Porto.
O resultado era chegarmos ao fim do dia mais ou menos bêbados, pois tantos cálices de vinho teriam de fazer algum efeito.
Mas era bonito. Hoje só as imagens nos permitem viver de novo esses momentos.
Estas são do Fundão, mas do distante ano de 1979.

segunda-feira, 2 de março de 2009

GOLGOTA JASNOGÓRSKA - JASNA GÓRA

Adequada ao tempo que vivemos, puxo acima este texto.
VIAGEM BERLIM - VARSÓVIA
O relato desta viagem já foi feito. Porém, durante a mesma houve um momento muito especial, ocorrido quando nos deslocámos ao Mosteiro de Jasna Gorá, Czestochowa, que encerra o ícone de Nossa Senhora, conhecida como Virgem Negra e venerada como "Rainha da Polónia".
Aí nos proporcionaram a observação de uma colecção de painéis da autoria do pintor polaco Jerzy Duda Gracz, expostos numa galeria mais recatada do Mosteiro, que nos permitem uma "visão" das estações da Via-Sacra bem diferente daquela que habitualmente nos é dado observar.
No meu caso, a despertar uma curiosidade sem limites, que não terminou com as explicações que ali nos foram dadas, mas tem prosseguido até uma completa tradução do texto associado a cada imagem, no sentido de compreender todo o seu alcance. Penso tê-lo conseguido de forma bastante fiel.
Designa-se de Golgota Jasnogórska e a Paixão de Cristo é inserida num contexto e com figuras do nosso tempo, com uma envolvência muito particular da realidade polaca, como que a querer simbolizar a sua própria Via-Sacra.
O próprio autor dos painéis "coloca-se em cena" na Estação V - O Cireneo.

ESTAÇÃO I - Pilatos
Jesus está diante de Pilatos. Este facto motiva as nossas dúvidas e cria sensação nos media. - O Acusado é sincero e autêntico, considerando que o Seu Reino não é deste mundo? Cristo, mergulhado na sombra, fecha os olhos ante as leis terrenas, pois sabe que Ele não é réu mas o Juiz Celestial, que virá para julgar os vivos e os mortos. Ele será o Juiz Divino, bom e brilhante como o sol, ao contrário de Pilatos que apenas brilha sob a luz artificial dos projectores, de modo a que todo o mundo veja como lava as suas mãos do sangue do Cordeiro.

ESTAÇÃO II - Eis o Homem (Ecce Homo)

Aquele que inicia o Calvário na companhia de dois ladrões é nosso Deus, e apesar deste facto Ele carrega humildemente nas costas a Sua cruz. Pudesse Ele tomar sobre Si as nossas cruzes, muletas e membros artificiais, suportando o peso do sofrimento humano. Agradecido ao peso da cruz, Jesus torna-se um apoio para o sofrimento, fazendo milagres de cura. “…na Sua ferida a nossa salvação”. (Is 53, 5).

ESTAÇÃO III - A primeira queda

Estamos surpreendidos e ficamos aflitos pela fraqueza de Cristo e pela falta de intervenção angélica. Desviamos o olhar desta humilhação e não notamos qualquer sinal do sol sobre Ele. Cegos de espanto negamo-lo como nosso Salvador, continuando a imitar a fraqueza de Pedro, a Pedra sobre a qual Jesus construiria a Sua Igreja. Esquecendo-se disso “Deus poupará a humanidade graças às quedas de Jesus sob o peso da cruz”. (Card.K.Wojtyla, 1976, Retiro de Quaresma no Vaticano).
ESTAÇÃO IV - A Mãe

No Gólgota polaco Jesus não encontra sua mãe como um ser humano, mas sim Maria retratada na pintura de Jasna Góra e todas as mães são reflexos da sua imagem. A Hodegetria de Czestochowa indica o caminho da salvação. Pela primeira vez Jesus, durante a sua paixão, e Cristo-Emmanuel estão um ao lado do outro. Emmanuel é o início da Via, a Cruz o Seu fim. Nossa Senhora de Czestochowa e todas as Mães em sua peregrinação eterna, vão até Deus através do Gólgota . Irão conceber, darão à luz e irão sepultar, criando o acto perpétuo de Salvação e Redenção. As mães sob as cruzes de filhos humanos têm uma dimensão divina, quando os seus corações são trespassados por uma espada para cumprir as Escrituras.

ESTAÇÃO V - O Cireneo

“Era tão íntimo, mais próximo que Maria, mais próximo que João, que – por ser homem – não foi chamado para ajudar. Quanto durou esta coacção? Enquanto durou a caminhada a Seu lado, sublinha que não teve nenhuns laços com o condenado, a Sua culpa e o Seu castigo”? (Card.K.Wojtyla, 1976 Retiro de Quaresma no Vaticano). Foi necessária a coacção para quebrar as vulgaridades da vida e as celebrações enfadonhas. Foram necessárias a humilhação, o temor a estranhos e o temor à solidão para descobrir o Pão da Vida maltratado sob o peso da cruz.

ESTAÇÃO VI - A Veronica

Vera Ícon, que o mesmo é dizer “Imagem Verdadeira”. A “Imagem Verdadeira” de Cristo no homem é como o gene da dor, da doença e do sofrimento. Somos, nós os que foram criados à Sua imagem e semelhança, uma obra de misericórdia, um retalho do véu de Verónica? Este véu podia tornar-se uma bandeira de toda a humanidade na terra, sem sinais adicionais, símbolos e cores. A bandeira branca com imagem de Cristo simboliza a rendição humana ao Seu amor, pois “tudo aquilo que haveis feito a um destes meus irmãos, mesmo ao mais pequeno, havei-lo feito a Mim”.(Mt 25, 40).

ESTAÇÃO VII - A segunda queda

"É do conhecimento comum que as horas antes de férias são frequentemente agitadas. E as ruas são lotadas". (Card. K. Wojtyta, 1976 Retiro da Quaresma no Vaticano). A segunda queda de Jesus acontece ante uma multidão de pessoas ocupadas e tumultuosas, pois é Semana Santa e dentro de dias será Páscoa. Somente palmas tradicionais são deixadas do Domingo de Ramos, quando recebemos Jesus, comemorando a sua entrada em Jerusalém. Cristo caiu, mas continua a lutar, ainda está vivo e nós já o enterramos e cobrimos de violetas. Só um cão, que não classifica acontecimentos, notícias, reconhece e percebe que Deus está vivo.

ESTAÇÃO VIII - As mulheres de choro (carpideiras)

A consolação oferecida à mulher é o segundo encontro com a Mãe – um farol guiando-nos na Via da Salvação, mas desta vez através da penitência. O sofrimento de Cristo dizendo “(…) não chorai por mim, mas chorai por vós e por vossas crianças” (Lc 23, 28) nos dá a esperança que um verdadeiro arrependimento é uma oportunidade para o perdão dos pecados. Esta Estação mostra-nos a origem do diálogo e da misericórdia. As mulheres não choram por Deus, mas através da dor do parto elas sentem piedade do Filho do Homem, assim como Ele o havia dito.

ESTAÇÃO IX - Terceira queda

Esta é a continuação da Estação anterior, onde encontramos o choro por nossas crianças. “Humilhou-se e tornou-se obediente à morte” (Fil 2, 8). Desta vez, porém, é Jesus a chorar. Pelo sofrimento das crianças, o Filho de Deus sofre mais. Está desamparado como criança no seio da mãe. A Paixão de Cristo é também por meio do bater, molestar, violentar e matar os mais inocentes. Esta paixão também acaba com a Salvação. Por trás do inferno das crianças há a escada de sonho do Jacob. Antes de tudo, ele providencia acesso às crianças, que ascenderão com ele, antes de todos os mártires, “…pois deles é o Reino do Céu”.

ESTAÇÃO X - Jesus é despojado de suas roupas

O corpo de Jesus se liga iconograficamente com a parábola sobre a mulher pecaminosa e o atirar da primeira pedra por quem não tem nenhum pecado. O "pecado" de Jesus é a sua natureza humana, o seu corpo - o Corpo de Deus. No entanto, nós vemo-Lo como um corpo branco numa custódia dourada, adorado em procissão solene, acompanhada pelo tocar de sinos. Perante este corpo nós jogamos pétalas de rosa em vez de pedras, sem ver a nudez humilhante do Corpo do Filho de Deus. No entanto, "o Corpo de Jesus simboliza o amor do Pai. Este Corpo desnudado cumpre a vontade do Filho e a vontade do Pai". (Card. K. Wojtyla, 1976 Retiro de Quaresma no Vaticano) “(...) faço sempre aquilo que a Ele agrada (ao Pai)”. (Gv 8, 29).

ESTAÇÃO XI - A crucificação

Pregado à cruz sem quaisquer executores. Cristo coloca-se na cruz “pregado” pela dor humana, pelo martírio de vítimas que sofreram e morreram nas prisões, campos de concentração e lager (cerveja alemã), por Deus e pela Pátria. Recordamo-Lo em símbolos da Via polaca da Cruz, que conduz à nossa Ressurreição. Um vagão – um monumento aos mártires mortos no Leste – e um veículo “monumento” ao martírio do padre Popieluszko(1). São coroados na Estação-Monumento ao Cristo Crucificado, no qual não existe o orgulho do martírio, característica da dor e do medo humano. “(…)Furaram as minhas mãos e os meus pés, contaram todos os meus ossos”. (Sal 22(2), 17-18).

(1)- Padre Jerzy Popieluszko, perseguido e morto pelo regime comunista em 19/10/1984.

ESTAÇÃO XII - A agonia

Consumatum est. É acabado. Quando Jesus clama da cruz: "Eli, Eli, lem sabachthani"? (Mt 27, 46), é como o homem do nosso tempo sem esperança e no desespero. No seu "blasfemo" apogeu de solidão e agonia Ele vem perto de nós, reduzindo a sua Divindade à miséria e à fraqueza humana. Graças a este facto, o momento da morte do corpo de Jesus multiplicou e libertou cruzes através da Terra e as pessoas entenderam que por seguir Cristo todos têm que morrer para viver. "Homem que olha estes braços pode pensar que cingem o homem e o mundo com o maior esforço. Cingem! Aqui está o homem. Aqui está o próprio Deus". (Card. K.Wojtyla, 1976 Retiro de Quaresma no Vaticano) "Porque n’Ele nós vivemos, nos movemos, e existimos". (At. 17, 28). A nossa nação também gera crentes de Jesus Cristo e o seguem na dor de sua Mãe, Rainha da Polónia. Todos eles.

ESTAÇÃO XIII - Pietá

O Cristo Polaco nos braços da Mãe de Deus, com o Seu martírio e a Sua morte liberta o Inferno Polaco. É Anastasis(1), descendo ao inferno para libertar as almas de nossos mártires e heróis. No entanto, Jesus não entra no Limbo como um vencedor, como um herói; Ele entra como o Martirizado Corpo Humano, que liberta e abre portas, “ (...) e seu reino não terá mais fim". (Lc 1, 33).

(1)- Do texto de Philippe Gebara, em Iconografia:- "No tipo ícone da Anastasis (Ressurreição) do século XIII, Cristo encontra-se na sua gloriosa mandorla, rodeada por estrelas, de pé sobre os portões quebrados do inferno e sobre os símbolos dispersos da escravidão do pecado, levando tanto Adão, quanto Eva pela mão e os apanhando para fora de seus túmulos".

ESTAÇÃO XIV - O sepulcro

Por mais de 2000 anos nós temos estado perturbando a paz da morte corporal de Jesus Cristo, do tempo de José de Arimathea até hoje. O Túmulo de Jesus tem sido, durante séculos, lugar de fundação para teorias e livros, proclamando sua derrota ou inexistência. Hoje, no cemitério polaco de Oswiecim (Auscwitz) é esmagado por uma pilha de cruzes, que são profanadas e jogadas fora para o chamado Zwirowisko (pedreira). Não obstante, neste Sepulcro Jesus vive e ressuscitou no Terceiro Dia de acordo com as Escrituras. "Onde está, Oh morto, a tua vitória? Onde está, Oh morto, a tua lança"? (I Cor 15, 55) Morrendo destruiu a nossa morte, ressuscitando restaurou a nossa vida.

Quando acabo este relato, que vem sendo feito há bastante tempo, pela exigência que coloquei quanto à tradução, mas adimitindo sempre as imprecisões, já me foi dado assistir a uma conferência do Professor Doutor António Lopes de Sá, de 82 anos, a maior referência da contabilidade brasileira, que, justificando a sua eloquência e a sua prolífera edição de livros sobre contabilidade, cerca de 200, disse que "recebeu de Deus a dádiva da facilidade em falar e escrever, mas como Deus cobra sempre por todas as dádivas, ele tinha de pagar essa dádiva escrevendo e transmitindo o seu saber aos outros".

Sem querer equiparar-me ao Professor Lopes de Sá, acho que a pequena dádiva que posso pagar a Deus é dar a conhecer a existência do Golgota Jasnogórsaka. Nada fiz até hoje que me fizesse sentir tão gratificado.

domingo, 1 de março de 2009

2005 - MAIORCA

Maiorca foi um dos destinos turísticos escolhidos para as férias, com data marcada, mas havia de ser antecipado por uma boa razão: o aproveitamento de um programa com saída a oito dias da data antes escolhida, permitiu aproveitar uma oferta em que “viajam 2, paga 1”. O preço saiu quase a metade.
Nesta viagem foram nossos companheiros o irmão Joaquim e a cunhada Manuela e partimos do Porto, chegando a Maiorca para nos instalarmos em El Arenal, no Hotel Bahia de Palma.

Tal como fazemos em todas as viagens, aproveitamos as excursões para conhecer o sítio onde passamos férias e a primeira excursão foi a Porto Cristo, Grutas de Hams (anzol) e de Drach (Dragão). Pelo caminho uma visita às peles e às pérolas.
Naturalmente que os guias têm o seu interesse nos locais de negócio aonde conduzem os turistas, pois daí lhes advirá alguma compensação. Por isso termos passado pelas peles e depois pelas pérolas.

Após o almoço visitámos as grutas, começando pela de Hams e repetindo depois a visita à de Drach.

Nesta última terminámos a visita com uma pequena viagem num barco surgido do interior, ao som de uma música, que diria celestial.
O interior da gruta tem condições acústicas verdadeiramente excepcionais e até me fez sonhar na possibilidade de ali cantar, claro está, com os meus companheiros do Coro Intermezzo.
Apenas um sonho, mas lá diz o poeta:- o sonho comanda a vida.
Veio depois o dia passado na cidade de Palma para conhecer a capital da ilha, que também nos encantou. A catedral é naturalmente a imagem de marca que nos fica na memória, mas toda a cidade tem muito interesse.

E foi também na noite desse dia que assistimos ao espectáculo, com ceia, que nos foi proporcionado por “Es Foguero”, cujo programa nos deliciou pela sua qualidade e riqueza, tendo um pouco de tudo – desde a magia à dança clássica unida à força do flamenco, para além do circo, shows musicais de peças famosas como The Cats, Les Miserables, Chicago, Men in Black, River Dance, Cabaret e Moulin Rouge, que se iniciavam a partir de projecções em ecrans laterais e frontais e terminavam no palco com os grupos de bailados. Fica uma pequena amostra.

O dia seguinte foi dedicado a uma volta pela ilha, sendo iniciada em comboio com características antigas, embora em linha electrificada, acabando em Soller, em cujo porto iniciámos a viagem de barco até La Calobra.

O regresso foi feito pela Serra Tramuntana, cuja estrada serpenteava pela montanha acima, parecendo impossível o cruzamento de autocarros que nela circulavam. Mas tal foi acontecendo muitas vezes.

O tempo de praia foi bastante aproveitado em El Arenal, cuja marginal permitia longos passeios a pé e dessa maneira apreciar a intensa actividade turística que ali se vive, principalmente à noite. Os bares fervilham de gente e o tipo de espectáculos são os mais variados.
O destaque vai para um dos bares que parecia instalado numas ruínas e afinal elas não eram mais que uma construção feita com toda a perfeição em forma de ruína.

Ao longo da marginal foram acontecendo outras animações que permitiram uma estadia muito agradável, que naturalmente é para ser recordada e aqui ficar registada.

Mas tudo o que é bom tem o seu fim e estas férias também. Outras virão.