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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

CHICO DA PONTE - MEU PAI

Meu pai nasceu em 1903. Viveu até 1984. Teria 110 anos, se hoje fosse vivo. Mas passados todos estes anos, ainda sou surpreendido com um episódio da sua vida. Nunca frequentou a escola porque a sua vida de trabalhador rural e ganhão nunca lho permitiram, mas ele aprendeu a ler e a escrever.
E foi a esse propósito que alguém, já com 70 anos de idade, me disse há dias: - “Tenho em casa um alfarrábio de meu avô, onde registava os valores e os géneros que recebia de pessoas que ele ensinava a ler, a escrever e a fazer contas. E o nome do seu pai também lá está. Sei que é ele, porque “Francisco da Ponte” não havia outro. Até os valores que então pagou e os géneros que entregou, lá estão registados”. Os géneros eram cereais, como grão, feijão ou outros. Como eu fiquei feliz por conhecer mais este episódio. Sabia que meu pai tinha sido um autodidacta, pelos relatos de familiares e pelos livros que encontrei em casa, depois do seu falecimento, mas que até pagou para aprender a ler e escrever, fiquei agora a saber. O quanto me orgulha por ser filho do Chico da Ponte e da Maria Joaquina !

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Sob as agruras do tempo

Os fundanenses conhecem-no muito bem.
Surdo-mudo, filho do Sá, também filho de outro Sá - o Manuel Sá - uma figura respeitada no seio da família cigana, que sempre conheci no Fundão.
Este Sá “vive” ao fundo da Avenida (a da Liberdade, no Fundão) num improvisado assento, que tanto pode ser uma velha cadeira, um balde virado ao contrário ou um paralelo da calçada, olhando o trânsito ou aqueles que por ali passam.
Assume, por vezes, atitudes que os automobilistas muito receiam, ao exibir pedras na mão que ameaça projectar contra os pára-brisas.
Tem alturas em que gesticula veementemente, por razões que não consigo entender, mesmo nos momentos em que o presenteio com uma moeda ou com algo para comer.
Ainda há relativamente pouco tempo vinha da quinta de um irmão meu, com um saco de diospiros. Acenei com dois deles, e de imediato foram por ele recolhidos.
Ainda que não muito maduros, começou a devorá-los, com uma careta que mostrava bem a acidez que a fruta tinha. Mas a fome ajudava a anular a acidez.
O seu pai foi hoje a sepultar.
E dele recordo o pedido que me fez para internar este filho nos serviços de saúde mental da Covilhã, quando eu era secretário da Junta de Freguesia do Fundão.
Fui bem sucedido nas diligências que então fiz e de facto esteve internado durante uns tempos.
Mas, surpreendentemente, passado pouco tempo vejo-o de novo no Fundão.
Procurei o pai para saber o que se tinha passado e então sou informado:
- Eles queriam matar o “meu menino”, com os remédios que lhe davam… !
Compreendi perfeitamente que nada havia a fazer.
E este Sá, cujo nome não sei mas que é filho do Sá que eu conhecia e que hoje nos deixou, neto do Manuel Sá, ali continua sob as agruras do tempo.
Como companheiros:-  a chuva, o sol, o frio, o calor… a fome.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

DIA DA MÃE

Porque é este chamado de dia da Mãe ?
Se em todos os dias da vida de cada um de nós a Mãe é sempre a mesma, será para lembrar os mais distraídos que ainda não mudaram de Mãe ?
Mas, sim, a Mãe não merece apenas um dia... merece todos os dias das nossas vidas.
E hoje "estarei" com a minha, dedicando-lhe esta poesia:

MÃE
a protecção
que se sente
sem dela ter a noção
desde que nos tornamos gente.
Mas se sempre estiver presente
será na vida orientação
cuja falta só se sente
porque no ombro a sua mão
já não poisa, está ausente.
Mas aqui, no coração
num amor que é constante
beijos sempre chegarão
porque aqui estás presente
e serás para todo o sempre
MÃE

... para ti Mãe.
06.05.2012

quarta-feira, 11 de abril de 2012

FUNDATUR - a história em livro

Foi apresentado pelos meus filhotes David e Vera, no Restaurante do Parque de Campismo da Fundatur, em 11.03.2012.
Um dia inesquecível para mim.
Se a participação dos filhos (que serão sempre os meus filhotes) tornou especial o acontecimento, a presença da família e de tantos amigos deu a nota de fraternidade e enriqueceu uma tarde vivida no lugar dos acontecimentos descritos no livro, de tal modo, que em muitos momentos a emoção se apoderou de mim e só muito dificilmente disfarcei algumas lágrimas que, obviamente, não eram de tristeza.
E se me senti, e sinto, grato pela presença de todos esses amigos, não posso deixar de mencionar aqui aquele que é uma referência para mim, o amigo da família João Garcia (alpinista), por quem tenho uma grande admiração, que me deu a honra da sua presença.
A razão de ser do livro explica-se por esta frase da resenha: "O parque de campismo da Fundatur marcou a vida de muitas pessoas. Uma delas foi a minha".
E as pessoas nem sempre são lembradas, como merecem.
O livro serve, pois, para lhes prestar a minha homenagem, deixando registado o seu nome, até porque grande parte delas já não pertence ao número dos vivos.
Depois, chegam-me as palavras de "agradecimento" pelo que deixei escrito a respeito de algumas das pessoas referidas no livro, quando na verdade sinto que devo ser eu a fazer esse "agradecimento", por ter sido entendida a mensagem que pretendi deixar através dele.
Valeu a pena e mais gratificante não podia ser para mim. Bem hajam por este momento tão especial.

sábado, 29 de outubro de 2011

A minha homenagem ao Bom Amigo Padre Mário


Quando morre um homem, morremos todos, pois somos parte da humanidade".

Ao usar esta frase, referida no romance de Ernest Heminguay  “Por quem os sinos dobram”, e trazê-la a este contexto, de modo algum pretendo ligá-la ao contexto que é criado pela história narrada no romance.
Só a refiro porque também agora morreu um HOMEM.
Cuja presença nos enriquecia;
Cujas palavras nos davam saber;
Cuja amizade nos fazia sentir amados;
Cuja vida nos dava vida.
O Bom Amigo Padre Mário deixou-nos.
Foi … Além… e por lá vai ficar.
Mas vai continuar sempre connosco, porque o temos no coração.
E do coração lhe rendo a minha homenagem.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Lembrar o João Felizol

O João Felizol foi companheiro na administração da Fundatur, durante muitos anos.
Como em todas as circunstâncias da vida, as opiniões de duas cabeças nem sempre são coincidentes, o que aconteceu entre nós dois, em alguns momentos do nosso último mandato.
Mas, no essencial, foram muitos anos em que estivemos sempre unidos na entrega à causa do parque de campismo, no desenvolvimento da sua actividade e na criação das melhores condições para o seu funcionamento. Nós e toda a equipa da administração.
Dessa forma foi possível divulgar o nome da Fundatur, tanto a nível nacional como internacional.
Poderia referir muitos e variados momentos dessa entrega ao nosso parque, mas quero lembrar aqui, apenas, a viagem de ambos a Amesterdão, levando material publicitário a uma feira de turismo, que se realiza todos os anos naquela cidade.
Foi em 2006 e nessa altura deixámos no tecto de um bar na capital holandesa, um cachecol que dizia “Força Portugal”.
Pude comprovar no mês de Agosto deste ano, que o cachecol ainda lá estava.
O que quero dizer, no entanto, é que o João deu um grande contributo ao parque de campismo, essencialmente por falar fluentemente o inglês e, dessa forma, ajudar muito nos contactos com os estrangeiros.
Mas o João Felizol já nos deixou. E, direi, muito precocemente. Vê-lo partir, foi para mim uma grande surpresa.
Recordá-lo aqui, é prestar-lhe a homenagem que, muito justamente, merece.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Moinho tradicional na Holanda - Homenagem

Homenagem a Dick Wijchgel
aqui relatei a visita que em 1997 fiz a um moinho tradicional, na Holanda, e da oportunidade que então me foi proporcionada para fazer um vídeo do seu funcionamento, já que o moinho foi posto a funcionar propositadamente para nós. Uma experiência que não esqueço e que só foi possível graças às famílias Gerard-Coba e Dick-Marta, de quem sou amigo desde 1995, quando acompanhei o Rancho Folclórico Cova da Beira a um festival de folclore naquele país.
A responsabilidade pela actividade daquele moinho é do Dick Wijchgel, o que acontece desde há 30 anos. E esse facto foi merecedor de uma homenagem, tendo-lhe sido concedida pela Rainha da Holanda uma condecoração, que lhe foi atribuída recentemente.
Associo-me a esse momento e daqui envio um abraço de felicitações.
As imagens do acontecimento foram mostradas pela MiddelstumTv e a ligação para elas aqui fica:

domingo, 28 de junho de 2009

UMA VIAGEM QUE SE DESEJA LONGA

A nosa Beny iniciou a sua viagem da vida em 16/03/2009, às 15,14 h, com 3,365 kg. de peso e 48 cm.
Desejamos que seja longa e sem precalços.
A Benedita, é afinal a bendita surpresa que o "menino" amorosamente aguardado, nos trouxe.
Juntou-se ao seu mano António, para completar o quadro de família ideal. Que Deus o abençoe e preserve.
Aqui já passaram dois meses e meio... !

E a Benedita já foi ver a festa do António

Tudo ficou gravado nestes vídeos !

domingo, 24 de agosto de 2008

PARABENS, CAMPEÃO !


Esta mensagem até foge ao âmbito do que quis que fosse, e praticamente tem sido , este meu blog.
Mas esta tem uma razão soberana para ser excepção – é pelo BRUNO.
Eu quero estar com o David na homenagem que lhe fez nas páginas do “pulmão” e porque sou dado a guardar no meu “baú das recordações” quase tudo o que à minha "garotada" diz respeito, aqui ficam umas imagens de duas feras do pedal, em "alta montanha", a preparar-se para as grandes provas do futuro.
Pelo que se percebe, cresceram, conseguiram deitar abaixo a celulite excedentária e agora já dão rendimento.
Estou nessa homenagem.
BEM A MERECES, BRUNO !