terça-feira, 15 de novembro de 2011

E o sonho tornou-se realidade !

Deixei aqui escrito, noutra mensagem anterior, que “os sonhos deixam de ser utopias, quando somos suficientemente loucos para nos lançarmos na corrida para os agarrar e na tentativa de os tornar realidade”.
Pois essa corrida foi feita até Bruxelas e consegui segurar e tornar realidade o sonho de assistir ao concerto que ali foi dado por André Rieu, no Forest National.
Era o dia 11-11-11, dia de S.Martinho, patrono do Fundão, também feriado em Bruxelas, devido à comemoração do armistício de 1918.
Mas se não fosse o gosto pela música, que Ludwig van Beethoven dizia ser "o idioma de Deus", com certeza não estaria agora a escrever que eu e minha mulher tivemos o privilégio de estar entre as cerca de 8.000 pessoas que assistiram a esse memorável concerto de André Rieu e sua fabulosa orquestra.
Mas convém contar que a ida a Bruxelas se fez sem que tivesse na mão os bilhetes que garantiam a entrada no espectáculo.
Porque aconteceu isto:- a compra das entradas  foi feita através da internet a uma agência internacional, que depois soube que era norueguesa.
Pelo pagamento garantido por cartão de crédito, foi-me comunicado que os bilhetes estariam em minha casa até 10 dias antes. Pouco tempo depois, foi-me enviada mensagem a solicitar um endereço em Bruxelas, porque os bilhetes só seriam entregues 48 horas antes do espectáculo. Informei disso o hotel e comuniquei esse endereço à agência.
Quando julgava estar já tudo assegurado, recebo nova mensagem a dizer que os bilhetes só seriam entregues uma hora antes do espectáculo, por um agente que iria contactar-me telefònicamente no local.
Apesar de tudo isto, fui sem qualquer ansiedade e confiante de que tudo iria correr bem. Como aconteceu.
Com o espectáculo programado para as 20h00, às 17h30 estava junto ao pavilhão, onde já se encontrava uma enorme multidão, aguardando eu pelo telefonema de um desconhecido que iria falar-me em espanhol, como eu exigira, face à impossibilidade de ser em português e à dificuldade que poderia surgir na comunicação em qualquer outra linguagem.
Eram cerca de 18h00 e sou contactado por alguém a perguntar-me se era o "sr. Alvarez" e como poderia encontrar-se comigo. Indico-lhe a paragem do autocarro que ali havia em frente e algumas indicações sobre como estava vestido.
Decorridos mais 15 minutos sou então abordado por um sujeito que me fez a mesma pergunta, entregando-me depois os bilhetes, após lhe mostrar um documento oficial de identificação.
Terminava assim, em beleza,  a saga dos bilhetes para o espectáculo.
Sobre o concerto, que começou às 20h00 em ponto, só encontro adjectivos como estes: maravilhoso, fantástico, fabuloso…
O sonho cumpriu-se, mas… se a oportunidade surgisse, voltaria a deslocar-me para ver André Rieu.
O fim-de-semana prosseguiu em Bruxelas, com um tempo maravilhoso num lugar tão apetecível como é o da capital belga, mas naquele momento até nem valorizei devidamente esse aspecto ao conseguir alcançar um dos grandes objectivos da minha vida.
A terminar, deixo esta mensagem: definam objectivos na vida e nunca desistam de os alcançar.

sábado, 29 de outubro de 2011

A minha homenagem ao Bom Amigo Padre Mário


Quando morre um homem, morremos todos, pois somos parte da humanidade".

Ao usar esta frase, referida no romance de Ernest Heminguay  “Por quem os sinos dobram”, e trazê-la a este contexto, de modo algum pretendo ligá-la ao contexto que é criado pela história narrada no romance.
Só a refiro porque também agora morreu um HOMEM.
Cuja presença nos enriquecia;
Cujas palavras nos davam saber;
Cuja amizade nos fazia sentir amados;
Cuja vida nos dava vida.
O Bom Amigo Padre Mário deixou-nos.
Foi … Além… e por lá vai ficar.
Mas vai continuar sempre connosco, porque o temos no coração.
E do coração lhe rendo a minha homenagem.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Quando somos suficientemente loucos...

"A pessoa que não tiver capacidade para sonhar, jamais terá capacidade para realizar". É uma frase do meu amigo Luís Carvalho, que me assenta como uma luva e por isso a adoptei para mim.
Aprendi também que os sonhos deixam de ser utopias, quando somos suficientemente loucos para nos lançarmos na corrida para os agarrar e na tentativa de os tornar realidade. Mesmo quando se tem 67 anos.
Vem isto a propósito do sonho de assistir ao vivo a um concerto de André Rieu, o maestro e violinista que leva a música clássica como qualquer intérprete da música ligeira a leva pelo mundo fora, em camiões carregados com tudo o que se torna necessário para a realização desses grandiosos espectáculos.
Através de vídeos que a internet profusamente divulga, tenho acompanhado a actividade desse grande divulgador da música clássica, em moldes que as pessoas acabam por deixar-se envolver no ambiente maravilhoso dos seus espectáculos, que enchem estádios, praças, arenas e pavilhões de grandes lotações.
Pois o sonho está prestes a tornar-se realidade, com a ida a Bruxelas para assistir ao concerto que André Rieu ali vai realizar no Vorst Nationaal, dia 11/11/2011.
Vôos de avião, bilhetes e hotel estão assegurados, faltando apenas chegar o dia, que tão ansiosamente aguardo, para concretizar esse meu sonho.
Assim Deus me o permita.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

2011 - ITALIA CLÁSSICA

O programa que o operador Pinto Lopes Viagens colocou à nossa disposição sobre Itália, foi o adequado aos objectivos pessoais definidos para este ano. Ainda mais porque também se realizou em Setembro.
Permitiu rever Roma, Pisa e Veneza, mas também conhecer Assis, Siena, Florença e Pádua.
Aguardados pela guia Patrícia no aeroporto de Roma e integrados no grupo, seguiu-se a panorâmica da cidade para nos pôr em contacto com a capital do Império Romano e toda a sua monumentalidade. E por mais vezes que se visite, nunca esta cidade se esgota na oferta de motivos de interesse para o turista, face à sua grande riqueza arquitectónica e todo o seu património cultural e artístico.
O dia seguinte iria permitir-nos fazer de novo a visita ao museu do Vaticano, capela Sistina e Basílica de S. Pedro, não só pelos tesouros e obras de arte ali existentes, como pelo simbolismo daquele lugar para quantos acreditam no cristianismo.
Com a tarde livre, cada qual procurou cumprir os seus objectivos pessoais de visitas, acontecendo connosco ficarmos pela praça do monumento a Vitorio Emanuele II, que os romanos conhecem como "La Tarta". 
Dali partindo para a Via dos Foros Imperiais, até ao Coliseu, e depois pelo centro histórico confinante com a famosa Via del Corso, foi-nos possível entrar na Igreja de Santa Catarina de Siena, na Basílica de Santo Inácio de Loyola, para além do Panteão e Fonte de Trevi, que também estava previsto ser  visitada à noite. Assim foi possível vê-la de dia e de noite.
Mas também a praça Navona iria ser visitada por todo o grupo, apreciando o trabalho ou adquirindo as obras que os inúmeros artistas ali executam e expõem.
O terceiro dia foi iniciado com a saída para Assis, para ficarmos com uma ideia sobre esta cidade medieval, dando-nos também a possibilidade de visitar a Basílica onde se encontra o túmulo de S. Francisco, cuja construção foi iniciada em 1228.
Também aqui foi o almoço, após o qual rumámos para a cidade toscana de Siena.
Nesta cidade medieval começámos por visitar a Basílica de San Domenico, onde se encontra a cabeça de Santa Catarina, a padroeira da cidade, da Itália e da Europa.
Interessante foi conhecer o significado das "Contrade", os bairros que se envolvem nas famosas corridas do Palio, simbolizado num ambicionado estandarte de seda executado para o efeito, que têm lugar na Praça do Campo, uma das maiores praças medievais da Europa, onde milhares de pessoas se apinham no centro, assistindo à tresloucada corrida de cavalos que se desenrola à sua volta, podendo ser vencedor um cavalo sem cavaleiro, se este ficar pelo caminho.
Mas a famosa Catedral de Siena foi também outro motivo de interesse para a nossa visita.
Em Florença, onde havíamos chegado na véspera, iniciamos a visita à cidade sendo conduzidos pela guia local à Igreja de Santa Cruz, com o túmulo de Miguel Ângelo, entre outros.
Passando perto da Ponte Vechio e depois pela Piazza de Signoria, dirigimo-nos à Piazza del Duomo para conhecer a Catedral Santa Maria dei Fiore e o Baptistério, com a famosa Porta do Paraíso. Finda a visita à Catedral seguir-se-ia a tarde livre para então se alargar o conhecimento sobre esta cidade, onde a presença da arte a torna numa das mais famosas do mundo.
Mas em termos pessoais o dia acabou pelas 12,00 horas nesta praça, com um inoportuno desfalecimento que me levou à urgência de um hospital local, onde permaneci toda a tarde, seguindo-se o regresso forçado ao hotel.
Logo pela manhã do dia seguinte rumamos a Pisa, com a sua emblemática torre inclinada devido à inconsistência do terreno em que foi construída, mas que a tornou numa das mais famosas atracções turísticas de Itália.
Mas o Campo del Miracoli não nos oferece apenas como motivo de interesse a inclinada Torre, porque a Catedral e o Baptistério são outras das razões que nos trazem a este famoso lugar da região da Toscana.
Ainda neste dia tivemos a oportunidade de visitar Pádua, onde a grande atracção é a Basílica de “Il Santo”, como é referido Santo António nascido em Lisboa, mas cujos restos mortais ali se encontram depositados.
A igreja começou a ser construída a partir de 1232 e apresenta características que a tornam algo invulgar, com minaretes e cúpulas bizantinas, havendo opiniões que o justificam pelo facto de as ordens mendicantes, dedicadas à pregação e à pobreza, por vezes se instalarem em edifícios existentes que depois restauravam e adaptavam às suas necessidades.
Ainda nessa noite ficámos instalados nas proximidades de Veneza, para que no dia seguinte fossemos levados de vaporeto para o seu centro histórico, começando pela famosa Praça de S. Marcos.
E foi o Palácio dos Doges, sede do governo e Palácio da Justiça, que recebeu a nossa primeira visita, permitindo-nos passar pela Ponte dos Suspiros para o edifício do outro lado do canal, onde se encontram as celas que recebiam os condenados.
De seguida foi feita a proveitosa visita guiada à Basílica de S. Marcos, seguindo-se tempo livre que permitiu visitar outros pontos de interesse, como Ponte de Rialto e o Museu Correr, para além das buliçosas artérias de Veneza, com uma vida e um encanto inigualáveis.
Se, tal como foi dito no início, o programa se adequou perfeitamente aos nossos objectivos pessoais, também ele foi valorizado pela guia Patrícia, que sempre esteve à altura das circunstâncias, mas no meu caso particular com uma postura digna do maior apreço.
E para que o grupo seja recordado, aqui fica a "foto de família", também obtida em Veneza.

sábado, 4 de junho de 2011

2011 - AÇORES - S.Miguel

Desta vez visitei S.Miguel, nos Açores, depois de ter conhecido o Faial e a Terceira, em 2007.
E ter conhecido S.Miguel depois das outras ilhas, leva-me a uma avaliação em crescendo, no que toca à surpreendente beleza dos Açores.
O nosso restrito grupo, composto por mim, irmão Joaquim e respectivas Manuela´s, toma contacto com esta linda ilha em Ponta Delgada, ao final da tarde, acolhido pelo guia da Turangra, promotora do programa turístico.
Instalados no hotel Vip Executive, na zona da Fajã de Baixo, seríamos integrados em grupo mais alargado, no dia seguinte.
E a iniciar a estadia em S.Miguel, uma visita à plantação de ananases, do outro lado da grande rotunda, em frente ao hotel, que permitiu conhecer alguns pormenores, como por exemplo, que são necessários 18 meses para este fruto se formar por completo.
Depois desta visita encaminhamo-nos para a vista panorâmica mais aguardada sobre a lagoa das Sete Cidades, onde o azul e o verde se apresentam no mesmo plano da lagoa, mas que se explica pelas diferentes profundidades do lençol de água.
A paragem em diversos miradouros, como Pico do Carvão, Vista do Rei e Escalvado, a permitir a visão de panoramas surpreendentes, e a passagem pela Bretanha (imigrantes franceses estarão na origem do nome), onde o restaurante “Cavalo Branco” nos serviu o almoço.
Ainda foi possível conhecer Rabo de Peixe, Ribeira Grande, de entre muitos outros lugares interessantes e, no regresso ao hotel, passar pela Caldeira Velha, um local com vegetação que mais parece a de um parque jurássico. Aqui se filmaram cenas da telenovela “A Ilha dos Amores”.
Antes de terminar a volta deste dia, a subida e passagem pela Lagoa do Fogo.
Após o jantar, no hotel, fizemos com os nossos companheiros uma caminhada até à zona das docas, que nos permitiu ficar com uma ideia daquele agradável espaço da cidade de Ponta Delgada.
O dia seguinte permitiu-nos conhecer a curiosa peça o “Arcano Místico”, da autoria da Madre Margarida Isabel do Apocalipse, que o terá iniciado por alturas do ano 1800 no Convento do Santo Nome de Jesus, que contém cerca de 100 quadros, na sua maioria representando temas bíblicos, mas também não bíblicos.
Todas as figurinhas foram moldadas à mão e são formadas pelos mais variados materiais, tais como farinha de arroz, gelatina animal, goma arábica e vidro moído.
Depois de uma pequena paragem no miradouro de Santa Iria, foi feita uma visita à fábrica do chá Gorreana, um autêntico museu em pleno funcionamento, uma vez que quase todas as máquinas continuam sendo as mesmas que iniciaram a laboração em 1883.
Também nos foi possível admirar a sua plantação e fazer uma prova das várias qualidades do chá.
Seguiu-se uma passagem pelo Pico do Ferro, o soberbo miradouro sobranceiro às Furnas, após o que descemos ao centro da cratera, onde nos foi servido o “famoso cozido das furnas”, feito sobre o vapor impregnado de enxofre que brota das inúmeras caldeiras que fervilham naquele espaço.
No dizer do guia, desta forma o vulcão vai descomprimindo, evitando que a “panela de pressão” rebente.
Após o almoço uma visita ao Parque Terra Nostra e a passagem pela Caldeira das Furnas, terra que parece assente sobre inúmeras caldeiras de grandes dimensões, com água fervilhando a altas temperaturas.
Um panorama com tanto de belo, como de assustador.
Para a noite estava destinado o jantar com o espectáculo de folclore típico dos Açores e banda musical, que nos permitiu dar um pezinho de dança.
E a ida ao Nordeste, que aconteceu no dia seguinte, proporcionou-nos uma agradável surpresa, dando-nos a conhecer uma região de panoramas majestosos e duma riqueza natural fantástica.
Paragens em miradouros exemplarmente construídos e tratados, até que chegou a hora do almoço na vila de Povoação.
Para terminar esta visita a S.Miguel, a viagem no comboio turístico que nos mostrou os pontos de maior interesse da cidade de Ponta Delgada.
Uma referência final à excelente qualidade do programa deste circuito e ao guia Gualter Bettencourt, que esteve à altura das circunstâncias, com a sua simpatia e apurado sentido de humor.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Vida

Gosto de poesia, mas até nem tem sido das leituras que mais ocupam os tempos que a elas dedico.
Curiosamente, o meu despertar dos dois dias deste fim de semana teve o seu sabor poético.
Com alguma insónia pela madrugada, dou comigo a "cosinhar" uma poesia.
Fui-a mantendo em memória e agora resolvo partilhá-la aqui com todos os que visitam este espaço.
É a Vida.

Óh Vida
devida
no fim da corrida
E logo à partida
é certa a chegada
com hora marcada
do fim da corrida
Óh Vida
emprestada
Se a hora é chegada
da sua partida
Será devolvida
para ser fundida
Óh força da Vida
com a força do Nada

sábado, 20 de novembro de 2010

Viagem marcada

Tudo o que se refere a viagens, me prende a atenção. Mesmo quando se trata de viagens para o Além.
E esta situação refere-se precisamente a uma dessas viagens.
Por atropelamento, faleceu há dias o Padre Cartaxo, que foi secretário do Bispo da Guarda.
Foi-me contado que, na altura do seu funeral, convidaram o amigo Cónego Mário Gonçalves, para fazer o seu elogio fúnebre.
Quem conhece o Cónego Mário Gonçalves, sabe da sua inigualável capacidade para adequar frases de sabedoria a cada momento. Mesmo naqueles de maior tristeza.
Ali, socorreu-se de uma quadra que tinha visto na entrada de casa do falecido, para fazer o seu elogio fúnebre.
Não sei o que foi dito, para além da quadra.
Mas sei que o seu conteúdo, aparentemente contraditório, ao dizer: …levo só aquilo que dei, faz todo o sentido, à luz da ideia de que ao longo da vida temos de amealhar todos os créditos que resultam do que se dá, em obras ou gestos.
Não resisto a deixá-la aqui:

Tenho uma viagem marcada
Para quando, eu não sei
Comigo não levo nada
Levo só aquilo que dei

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Viajar... o sonho que o tempo tornou realidade !

E vão três... livros ! Editados no âmbito da auto-publicação, em que o texto, a revisão ortográfica, as imagens, a composição, a montagem e a criação da capa, são da inteira responsabilidade dos autores.
Depois de "Pelotão de Apoio Directo 1245-no teatro da gerra colonial em Angola" e "Chão de Alverca-refúgio da memória", agora este.
Com o título "Viajar... o sonho que o tempo tornou realidade", encontra-se já online através das editoras Bubok e Bookess, para leitura por Ebook ou download em PDF, para além de poder ser adquirido no formato normal, em papel.
Tal como o título diz, trata-se da concretização de um sonho que vem de há muito, com o relato das viagens já realizadas, ao longo de 234 páginas.
Mas tudo o que se faz com gosto contribui para a nossa realização e felicidade. E isso acontece com mais esta publicação.
As ligações para as editoras são as seguintes:

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Lembrar o João Felizol

O João Felizol foi companheiro na administração da Fundatur, durante muitos anos.
Como em todas as circunstâncias da vida, as opiniões de duas cabeças nem sempre são coincidentes, o que aconteceu entre nós dois, em alguns momentos do nosso último mandato.
Mas, no essencial, foram muitos anos em que estivemos sempre unidos na entrega à causa do parque de campismo, no desenvolvimento da sua actividade e na criação das melhores condições para o seu funcionamento. Nós e toda a equipa da administração.
Dessa forma foi possível divulgar o nome da Fundatur, tanto a nível nacional como internacional.
Poderia referir muitos e variados momentos dessa entrega ao nosso parque, mas quero lembrar aqui, apenas, a viagem de ambos a Amesterdão, levando material publicitário a uma feira de turismo, que se realiza todos os anos naquela cidade.
Foi em 2006 e nessa altura deixámos no tecto de um bar na capital holandesa, um cachecol que dizia “Força Portugal”.
Pude comprovar no mês de Agosto deste ano, que o cachecol ainda lá estava.
O que quero dizer, no entanto, é que o João deu um grande contributo ao parque de campismo, essencialmente por falar fluentemente o inglês e, dessa forma, ajudar muito nos contactos com os estrangeiros.
Mas o João Felizol já nos deixou. E, direi, muito precocemente. Vê-lo partir, foi para mim uma grande surpresa.
Recordá-lo aqui, é prestar-lhe a homenagem que, muito justamente, merece.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Torneio de gamão 1970

Viajando no tempo

Através destas imagens que fui buscar aos arquivos, é possível fazer esta viagem, recuando no tempo e reconstituir um momento vivido no já distante ano de 1970.
Clientes habituais do Café Aliança, sempre que ali se encontravam, era certo e sabido que havia uma partida de gamão.
De tal modo entregues à prática deste desporto-passatempo, que foi decidido realizar um torneio para apurar o melhor de entre os melhores – que eram todos - afinal !
Mas o torneio tinha de ter, e teve, outros condimentos.
Desde logo uma grande almoçarada, com rega a condizer, proporcionada pelos diversos abastecedores privados de vinho.
Para esbater a feijoada, que julgo ter sido o almoço, e preparar as forças para a lancharada, houve um torneio de malha durante a tarde, dessa forma se fazendo o exercício físico necessário para acelerar a digestão.
Não me lembro do vencedor do torneio de gamão, nem do vencedor do torneio de malha, mas todos saíram vencedores do convívio que se realizou, que hoje aqui recordo, através desta viagem no tempo.
E se recordar é viver, aqui se revivem esses momentos de convívio de um grupo de amigos, onde já faltam alguns, que entretanto nos deixaram. Mas os outros cá estão para recordar.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

2010 - Paris e Benelux

Visitar os países do Benelux estava nas intenções de viagem para o ano de 2010, concretizando-se agora através do programa da Pinto Lopes Viagens, S.A., do Porto, que também incluia Paris.
Porque viajar é o que gosto de fazer, sempre que posso. E neste ano aconteceu de 21 a 29 de Agosto.
Foi uma viagem que obrigou a levantar bem cedo, partindo do Fundão às 02,00 horas da madrugada, para estarmos no Porto às 05,00 horas, a fim de tomarmos o avião com destino a Paris.

1º. dia - Paris

Chegados à cidade-luz, mas que nos dizem ter agora menos iluminados os seus símbolos, talvez devido à crise, foi-nos proporcionada uma volta panorâmica, que nos mostrou já alguns dos monumentos da capital francesa.

A hora do almoço chegou e cada qual procurou garantir a sua refeição, o que aconteceu connosco nas proximidades do Arco do Triunfo.
Veio depois a visita à Torre Eiffel, que já tinha feito por outras vezes, mas se repetiu agora por estar incluída no programa da viagem, embora o calor e a muita gente a tivessem tornado um pouco menos agradável.

Mas vale sempre a pena olhar Paris lá do alto.

Seguiu-se a instalação no hotel, que ficava a cinco minutos dali, percorrida a distância a pé.
Para a noite e após o jantar, que aconteceu na proximidade dos Campos Elísios, nova panorâmica da cidade, finda a qual regressámos ao hotel para recuperar do longo dia, por nós iniciado às 2,00 horas da manhã.

2º. dia - Paris

Para a maioria dos elementos do grupo, que se formou a partir do Porto, a Eurodisney era local para visitar, o que não aconteceu connosco por já termos visitado, noutra ocasião, aquele maravilhoso espaço de sonho e fantasia.

Tendo o dia por nossa conta decidimos visitar o Palácio de Versailles, os seus jardins e fontes, que já estavam definidos como objectivo. Tal como nós, outros dois casais fizeram o mesmo.

Houve então a oportunidade para admirar o que foi a grandiosa cidade real criada por Luís XIV, a partir da transformação do palácio de caça de Luís XIII, um templo do poder absoluto onde as regras da corte do maior de todos os monarcas do mundo eram ditadas por uma etiqueta altamente exigente.

Também os grandiosos jardins mereceram a nossa atenção, onde os jactos de água e a música se misturam, para nos deliciarem com um espectáculo magnífico. Vimos muito e muito mais ficou por ver, pois a grandiosidade daquele conjunto exige muito mais tempo do que as cinco horas que foi possível dedicar-lhe.

Após um breve descanso no hotel, encetámos uma caminhada pela margem do Sena até à Praça da Concórdia, cruzando o Sena na magnífica Ponte Alexandre III e indo até à grandiosa Igreja da Madalena. No regresso, de novo cruzámos o Sena, agora na Ponte da Concórdia, passámos pelos Inválidos, vindo a jantar numas das muitas esplanadas existentes ao longo do percurso e acabando por assistir da portaria do hotel ao "fanico" das luzes da Torre Eiffel, pelas 23,00 horas.

3º. dia - Paris

Para este dia estava programada a visita a Montmarte com o Sacré-Coeur e a Place du Tertre, onde se respira a atmosfera boémia de Paris do século XIX. A manhã de chuva não foi obstáculo para a sua concretização, ajudando a que os comerciantes chineses ou indianos da zona vendessem mais alguns guarda-chuvas, que não duravam mais que a primeira ou segunda aberturas.

Após subida a pé da colina e a inesquecível visita ao Sacré-Coeur, passeámos pela Place du Tertre que deixa em nós a emoção de sentir que estamos a pisar o espaço por onde se movimantaram figuras tão famosas como Delacroix, Renoir, Manet, Van Gogh, Amadeo Souza Cardoso e tantas outras. Existe até a ideia de que ninguém pode dizer que conhece Paris se nunca tiver subido até cimo de "la butte" (colina).

No regresso, a passagem pela zona do Pigalle, com os seus famosos lugares da vida nocturna parisiense, com destaque para o emblemático Moulin Rouge, seguindo-se o cruzeiro pelo Sena, que nos permitiu admirar muitos dos monumentos de Paris e contornar a Ile de la Cité, admirando de diversos angulos os monumentos ali existentes e a inigualável Catedral de Notre-Dame. Apesar da chuva, foi um passeio inesquecível.

Houve, então lugar ao almoço, que aconteceu perto do Centro Pompidou.

Ficando cada um por sua conta e porque nos encontrávamos relativamente perto de Notre- Dame, decidi e outros também o fizeram, visitar esta catedral. Irá perdurar na memória a imagem deste belo e grandioso monumento.

E, desafiados pelos companheiros António Carvalho e esposa, de Braga, decidimos encetar, a pé, o regresso para o hotel, junto da Torre Eiffel. Duas horas de caminhada à beira do Sena, com passagem pelo Museu do Louvre, que deixaram marcas nos nossos pés - borregas e inchaço. Mas tudo passou.

E o dia havia de terminar com a panorâmica nocturna, revendo com iluminação grande parte dos monumentos que haviam sido vistos à luz do dia.

4º. dia - Bruges - Bruxelas

Entrados na Bélgica, a primeira cidade a visitar foi Bruges, que designam também como a Veneza do Norte, devido aos seus muitos canais.

Construída pelos Condes de Flandres, adquiriu tal importância que eles próprios ali tiveram a sua residência. No decurso do século XIII tinha acesso directo ao mar e, pelas suas condições, elevou-se à categoria de porto mundial.

Foi pela Grande Praça desta linda cidade flamenga que iniciámos a visita, rodeada de preciosidades arquitectónicas que nos cativaram desde logo a atenção, mas outros monumentos nos despertaram também todo o interesse, como a Torre da Câmara Municipal e o gótico admirável da sua construção. Mas muitos outros ficaram gravados na nossa memória, pela beleza da sua traça.

A visita à Basílica do Santo Sangue, com dois pisos de estilo romano, constituiu um momento tocante, pois nos permitiu colocar as mãos sobre o relicário do Santo Sangue, que a tradição diz ter sido trazido de Jerusalém por Thierry de Alsacia e o cedeu a esta cidade.

Mas depois de termos provado umas cervejas, de entre as dezenas de marcas de cerveja belgas, tivémos de dizer adeus à cidade de Bruges, com o seu urbanismo de reminiscências medievais e em que os pormenores da arquitectura gótica são uma presença constante nas casas de ruas e ruelas que rodeiam os canais.

Em Bruxelas, após o alojamento e jantar, seguiu-se um circuito panorâmico no centro da cidade, com destaque para a Grande Praça, património da Humanidade, com os edifícios das corporações e Câmara Municipal, havendo então a oportunidade para vermos um espectáculo multimédia, com efeitos de grande colorido e música, projectado sobre este edifício.

No dia seguinte, nova panorâmica da cidade para conhecermos os Edifícios Comunitários, Palácio Real, Catedral de St.Michel e de novo a Praça dos Palácios, para depois conhecermos os símbolos da cidade – o pequeno Julião ou Manneken Pis - e o Atomium.

5º. e 6º. dia - Haia e Amesterdão

Rumando a Haia (Den Haag), aqui chegados, houve tempo para o almoço na praia de Scheveningen, com as surpreendentes esplanadas sobre a areia, onde não faltam sofás e aquecedores para criar um estranho ambiente de sala de estar, com o mar a rugir por perto.

Todos conhecemos a existência do Tribunal Internacional, diante do qual batemos umas fotos, mesmo que isso nos tivesse sido dificultado por umas ruidosas excursionistas orientais (chinesas, japonesas ?) que nunca mais acabavam de se compor para a fotografia.

Seguiu-se a visita ao Parlamento Holandês-Binnenhof, tendo eu registado até, em imagem, a saída do futuro primeiro-ministro, que passou junto a mim.

No seguimento fomos até Madurodam - a Holanda em miniatura (reduzida à escala de 1/25), onde estão reproduzidos os principais símbolos da Holanda, como monumentos, canais e até o seu desnível, auto-estradas, aeroportos, obras de arte. Todos os pormenores foram contemplados, dado que tudo se encontra em funcionamento, sejam comboios, barcos, automóveis, aviões, bandas de música, etc., etc.. Para final de dia, esta experiência não podia ser mais agradável.

Após uma noite, em que uma tromba de água se abateu sobre Amesterdão, deixando muitas ruas transformadas em verdadeiros mini-canais, foi feita a visita ao “Bloemenveiling Aalsmeer” - FloraHoland - uma cooperativa de cerca de 6.000 cultivadores de flores, onde ocorre todos os dias o maior leilão do mundo. As estatísticas dizem que durante 24 horas são comercializadas, entre flores e plantas, 48 milhões de unidades, com um volume de vendas de 16 milhões de euros.
É também chamada de “bolsa das flores” e os 40 relógios existentes nas 13 salas de leilões, são o seu coração.

Este é o circuito diário e o seu tempo:- 17,00 horas lugar de cultivo; 20,00 transporte e chegada; 22,30 câmaras de refrigeração; 04,00 inspectores; 06,00 informação nos relógios através dos quais se faz o leilão; 07,00 distribuição; 11,00 clientes do leilão; 16,00 chegada ao consumidor.
As flores ali comercializadas chegam de todo o mundo, muitas das vezes para regressarem aos países de origem, onde vão para as mãos do consumidor final.
Tem uma área equivalente a 125 campos de futebol, onde se regista toda a azáfama das operações ligadas ao leilão, com uma incrível movimentação de pequenos comboios carregados de flores, que depois são apanhados por um sistema de garras suspenso do tecto que, por esse meio, leva os carrinhos que formam o comboio, para um enormíssimo armazém do outro lado da estrada, onde as flores são metidas nos camiões que as hão-de levar para os destinos.
Incrível a velocidade a que tudo isto se processa, mas só assim é possível o negócio de uma mercadoria tão frágil como a flor.

A seguir ao almoço, ainda com alguma chuva, fez-se o mini-cruzeiro pelos canais de Amesterdão, ficando com tempo livre para o resto da tarde.

Chegámos então ao jantar, após o qual se fez a visita nocturna dos canais com as suas pontes iluminadas, terminando o dia com a visita ao “Bairro das luzes vermelhas”.

Um pormenor de indole pessoal, foi a visita ao bar de nome “Susies Saloon”, onde em 2002 havia deixado pregado no tecto um cachecol dizendo “Força Portugal”, que ainda lá permanecia, para minha grande satisfação. Mereceu a cerveja que ali bebemos.

7º. dia - Volendam – Colónia

Saímos de Amesterdão para Volendam, uma antiga aldeia piscatória que agora está transformada em grande atracção turística, por ter deixado de estar ligada ao mar do norte, mas pelo caminho foi feita a visita a um fabricante dos tradicionais socos holandeses, onde em poucos minutos vimos transformar um cavaco de madeira numa bonita tamanca.

E de Volendam rumámos a Colónia, onde foi o nosso alojamento.

8º. Colónia - Vale do Reno

Começámos o dia visitando a imponente Catedral de Colónia, o monumento gótico mais conhecido da Alemanha, que alberga os restos mortais dos Reis Magos e cuja construção demorou 632 anos a concluir.

Daqui partimos para a visita à cidade de Koblenz, assim como ao Deutsches Eck, a ponta de terra onde convergem os rios Mosela e Reno, e onde está implantada a grandiosa estátua do imperador Guilherme I.

A caminho de Boppard e St.Goar, cruzámo-nos com a grande corrida de patins em linha, que ali acontece todos os anos no dia 28 de Agosto, chegando ao almoço, após o que se realizou o cruzeiro pelo rio Reno, ao longo do qual foi possível admirar os famosos castelos e fortalezas existentes nas suas margens.

Já a caminho do Luxemburgo, a “paragem em Bacharach e visita da localidade, ainda com aspecto medieval”, que estava prevista no programa, não se concretizou, ao que presumo pelo atraso que se verificou no início do cruzeiro, ficando por visitar e recolher imagens como estas.

9º. dia – Luxemburgo

Visita do Luxemburgo, a cidade recortada por rios e muitas pontes, com uma paisagem de vales e muito verde, onde as fortificações e bairros antigos fazem parte do Património da Humanidade.

Aqui terminou o circuito, regressando então ao Porto e dali para nossas casas, mas pelo caminho o nosso grupo não deixou de matar saudades da gastronomia portuguesa, com o saboroso leitão da Bairrada.

Finalmente, uma palavra para o guia e para o motorista

Estivémos confiados ao Rui e entregues nas mãos do Sérgio. Merecem uma palavra de apreço, pela competência e profissionalismo de ambos, o primeiro pelo que nos deu a conhecer e tratamento que providenciou "sem stress e tudo sob controle", o segundo pela segurança demonstrada na condução do autocarro e pela tranquilidade que transmitiu ao grupo. Havemos de nos encontrar de novo, se Deus quiser.