sábado, 26 de julho de 2008
1995 - Na Holanda, com o grupo de folclore
sexta-feira, 25 de julho de 2008
1993 - Santiago de Compostela
Mas outros monumentos e lugares muito interessantes foram visitados em Trás-os-Montes e Minho, antes de rumar à cidade de Santiago de Compostela, àcerca da qual obtive informação prévia junto do Turismo espanhol, de modo a não deixar para trás qualquer ponto de interesse que pudesse visitar.
E o "botafumero" (incensário), peça de latão banhada a prata, com 62 Kg de peso e 1,60 m. de altura, movimentada por oito homens em dias de celebração de missa festiva, fazia parte do sonho que procurava tornar realidade, vendo-o em movimento. E assim aconteceu para nossa felicidade.
O vídeo é elucidativo:
Ora, Santiago de Compostela é duma tal riqueza monumental, que por mais que seja visitada, fica sempre algo para ver numa próxima.
E outras visitas vieram a repetir-se ao longo do tempo, constatando que há sempre novas coisas a descobrir.
Na catedral, uma e outra vez cumpriu-se o ritual de encostar a cabeça e colocar a mão na coluna trabalhada, dita de Santiago, ao mesmo tempo que se formula um desejo. E o desejo, ali ou em qualquer lugar, é sempre o mesmo: ter condições para conhecer o mundo e coisas tão belas como as que ali se vêem.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
O Quim da ribeira
Já referido quanto ao atrevimento das suas brincadeiras, houve momentos marcantes na vivência entre os vizinhos da ribeira de Alverca.
Não era por acaso que as mães diziam que …”o que esquece ao diabo lembra-lhes a eles …”.
Um dia o Quim resolve construir uma “flaubert”, ou melhor, um canhangulo a que dava esse nome, por estar muito em moda a utilização desse tipo de espingarda.
Recorreu a um tubo galvanizado das canalizações da água, para servir de cano, e construiu uma coronha muito rudimentar.
Para tapar o cano na parte em que havia de situar-se a câmara de explosão, não havendo forma de o soldar, com um serrote degolou parcialmente o cano, deixando uma pequena língua que depois dobrou sobre um taco de pau de oliveira, introduzido à pressão.
Para provocar a explosão fez um pequeno orifício na parte superior onde colocava um estalinho carnavalesco que era percutido por uma armação de arame puxada por um elástico.
Pronto para ser experimentado o engenho, havia que carregá-lo, o que foi feito com pólvora atacada pela boca e diversos rebites e cabeças de pregos como projécteis.
Aí se coloca o Quim com o fuzil no ombro e toca de disparar.
Alguns curiosos, como era o meu caso, estavam nas costas do Quim, pensando estarmos a recato de qualquer perigo com o disparo.
Mas foi para aí mesmo que surgiu a explosão, porque na verdade o tiro saiu mesmo pela culatra, não havendo danos a lamentar por mero acaso.
Apenas a cara e a orelha direita do Quim saíram chamuscadas com a experiência.
Por outra vez, já depois de alcatroada a estrada nacional mas com raro tráfego, principalmente à noite, quis o Quim proporcionar-nos um espectáculo de fogo de artifício, com pólvora da que utilizou no canhangulo.
Coloca no chão diversos montinhos, ligando-os através de um pequeno rasto da mesma pólvora, também espalhada pelo chão.
Supondo que a queima do rasto iria ser mais retardada que a dos montinhos, prolonga o rasto até perto de si e coloca-se ajoelhado com a cara muito perto dos montinhos de pólvora, de modo a ver bem o efeito.
Só que a queima da pólvora, tanto do rasto como dos montinhos, foi instantânea e o resultado foi uma vez mais desastroso para o Quim.
Tanto a cara como o cabelo ficaram logo chamuscados, mas o pânico foi-se instalando quando ele gritava que não via nada.
Felizmente que também recuperou desta brincadeira, sem outros danos que não fosse a chamuscadela.
Sempre pronto para fazer o que os companheiros lhe pediam, um dia foi colher figos numa grande figueira que havia junto do poço da pontaria.
Por baixo da mesma havia um monte de pedras.
Os companheiros que estavam no chão iam dando indicações quanto aos figos com melhor aspecto, sempre nas pontas das pernadas da figueira, e o Quim ia-se deslocando para lá.
Gostando de mostrar as suas habilidades, deslocava-se pelas pernadas em pé e sem se agarrar a qualquer uma das outras.
É num desses momentos que escorrega, perde o equilíbrio e sai de cabeça na direcção do monte das pedras.
Por sorte que um dos pés encontra a forcalha de uma das pernadas e aí fica suspenso, qual artista de trapézio, à espera que o socorressem.
Lá lhe acudimos com uma escada, que o ajudou a erguer-se e descer em segurança.
Mas o Quim era por vezes vítima da sua vontade em ajudar os companheiros de brincadeira.
Todos aprendemos a nadar, tanto na ribeira como nos tanques ou poços que houvesse nas redondezas, sempre “à pai Adão”, como soava dizer-se da nossa condição de nudez.
Algumas vezes aconteceu que os donos dos tanques se aperceberam da nossa situação e confiscaram a roupa.
O grande problema era regressar a casa sem as vestes, o que chegou a acontecer.
Mais tarde a roupa lá apareceu, para nosso descanso.
E foi num desses actos de boa vontade que um dia o Quim carregou com um enorme melão retirado da horta do pai, até à ribeira da Meimoa, situada a uma légua bem medida.
Fomos para nadar e comer o melão depois do banho.
Só que o Quim demorou longo tempo a disfrutar das cálidas águas e quando saiu já os companheiros haviam devorado o melão e encetado o caminho de regresso.
Quando o Quim se apercebe que estava só e com as cascas do melão sobre a roupa, praguejou, insultou e foi um problema para o acalmar quando finalmente recuperou o atraso e se juntou ao grupo.
Mas das travessuras do Quim muitas haveria para contar, como a que se relata a seguir.
Por altura da chegada das aves migratórias, como os tordos ou taralhões, o meu irmão também de nome Joaquim, ou melhor Quim, gostava muito de armar o costil e caçar alguns exemplares destas aves.
Nesse dia a caçada não estava a resultar, mas apercebeu-se que alguns desses pássaros já tinham estado presos na armadilha mas haviam desaparecido.
Escondeu-se a aguardou que algo acontecesse.
E o que aconteceu foi o Quim da vizinha apanhado em flagrante a retirar o pássaro que já lá estava aprisionado.
Apenas aconteceram alguns tabefes.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
1987 - Paris e o Louvre
terça-feira, 22 de julho de 2008
A paixão pelos museus
Não sei quando começou, mas dei-me conta a certa altura de que os museus exerciam sobre mim uma enorme atracção.
Talvez porque, já na altura, tinha uma grande apetência pelos ensinamentos que eles nos podem proporcionar e que nem sempre sabemos valorizar e aproveitar devidamente.
Conhecer o passado com os olhos no futuro.
Tinha então os dois filhotes numa idade (8-10 anos) que eu achava ser a ideal para também lhes incutir esse gosto e do mesmo modo lhes proporcionar tais ensinamentos.
Havia no entanto um grande obstáculo - viver no Fundão a 300 Km de Lisboa - onde estão os mais importantes museus.
Apesar disso e de os recursos serem bastante limitados, passei a programar a visita a cada um deles, sempre que tinha a oportunidade de ir até à capital, levando os filhos.
E foi assim que, aos poucos, fomos visitando muitos deles.
Mas não todos, pois ainda há muitos para visitar em Lisboa.
Para além dos museus, também os monumentos históricos, locais de preservação das espécies, como o Jardim Zoológico ou domínios do conhecimento, como o Planetário ou Fundação Calouste Gulbenkian, passaram a constar da selecção de visitas que ia fazendo, sempre que tinha possibilidade.
Curiosamente a arte romana e a história desse império levou-me a visitar exposições e lugares como Conimbriga, Miróbriga, Évora e fez-me alargar horizontes, chegando a levar-me para Mérida, em Espanha, para visitar o Museu de arte romana criado à dimensão e grandeza de todo o espaço que o rodeia, como o circo e o teatro da época. Estávamos no verão de 1994.
Foi uma viagem programada na ida para férias, no Algarve, passando por Ávila, Escorial e Vale dos Caídos (onde já voltei novamente), Toledo, Mosteiro de Guadalupe, Mérida e Grutas de Aracena.
Sacrificaram-se 3 ou 4 dias de praia, mas o enriquecimento que daí resultou foi bem mais compensador.
Mas o mundo tem muitos mais lugares de interesse, para além de museus e monumentos.
E esses haviam de estar, e ainda estão, no topo da agenda, ao longo da vida.
Sobre os que já visitei, bastante tenho para contar.
O que importa realçar, porém, é que o gosto pelos museus leva à marca indelével na matriz das descendências, o que é possível constatar na forma de ser dos filhotes.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
1967 - A primeira grande viagem
domingo, 20 de julho de 2008
Directamente do Paquistão
Cujo nome não sei.
Mas que veio directamente do Paquistão, é verdade.
Lá das bandas do Broad Peak.
Pela mão do meu filhão.
Bem-haja
Esse olhar, Pitau !
Esse olhar está virado para o futuro e olham-no de frente.
Um futuro que está para além de mim.
Que seja risonho, Pitau !
sábado, 19 de julho de 2008
Ver o mundo pelo olho do cu
Mas ainda há quem olhe o mundo por esta perspectiva e isso causa-me uma grande aflição.
- O planeta corre perigo;
- A natureza está ameaçada;
- O futuro torna-se incerto a cada dia que passa;
Ora porra !
Para começar
Vão por mim