terça-feira, 18 de setembro de 2018

Encantos da Normandia, Bretanha e Castelos do Loire


Já o deixei escrito em diversos momentos e circunstâncias:- gosto de viajar… conhecer mundo… conhecer outras gentes.
Sempre que o pude fazer… viajei. Mas faltava encerrar o ciclo de viagens em que fosse falado o tema 2ª.guerra mundial, só não o tendo encerrado antes por razões terrivelmente marcantes na vida da família.
Foi possível reunir agora melhores condições para  fazer o circuito que incluía a visita aos locais do desembarque das tropas aliadas nas praias da Normandia, no famoso Dia D, tendo adquirido à Agência Abreu o seu programa de viagem entre 1 e 8 de Setembro.
Como aconteceu noutras viagens, foi apenas o casal a viajar e neste circuito foi integrado à chegada do voo a Paris num grupo de apenas 24 pessoas, onde também se incluíam 8 de nacionalidade brasileira. Depressa todos se conheciam, a boa disposição tomava conta do ambiente e no final estava cimentada a amizade entre todos sob o comando da guia Manuela.
O dia um – Após a chegada a Paris e alojamento no hotel Marriott Paris Rive Gauche, onde se jantou, seguiu-se a obrigatória visita nocturna à “Cidade-Luz” e cruzeiro no Sena. Paris à noite tem outro encantamento e a Torre Eiffel é disso testemunho.
O dia dois Após o pequeno almoço, foi iniciada a viagem a caminho da Normandia, a região que franceses e ingleses disputaram em longos períodos da sua história.
Houve paragem em Lisieux e visita à Basílica de Santa Teresinha do Menino Jesus, onde se destaca a decoração em mosaicos.
O dia três – Havíamos pernoitado no hotel Mercure Caen Centre Port de Plaisance e após o pequeno almoço fomos de visita às abadias, tanto dos homens como das mulheres, na primeira das quais se encontra o túmulo do Rei Guilherme e na segunda o túmulo da Rainha Matilde.
Ainda em Caen visitámos o Memorial também designado de Museu para a Paz. A primeira foto mostra-me reflectido no tecto espelhado e o momento da obtenção da imagem.
Após o almoço em Bayeux e seguindo ao longo da costa houve oportunidade de olhar as praias onde ocorreu o desembarque das tropas aliadas, sendo em Arromanches que são perfeitamente visíveis os restos das estruturas do porto artificial criado para o desembarque.
Para além dos restos das estruturas, também o drama ali vivido é simbolicamente assinalado com estátuas, cujas imagens aqui são inseridas.

 
Ainda em Arromanches foi possível a visita ao cemitério americano que reúne 9.836 lápides, existindo ainda o jardim dos desaparecidos.
O dia quatro – Com o pequeno almoço arrecadado ainda em Caen, partimos a caminho do Monte St. Michel para a visita à sua abadia, cuja concepção e construção é chamada de “a maravilha” e referenciada ao séc.VIII. Um problema físico dificultou a minha subida mas tinha de fazê-la e não impediu a visita à abadia construída em honra do Arcanjo São Miguel sobre o Mont-Tomb, na base do qual se desenvolveu uma aldeia que se tornou praça forte impenetrável durante a guerra dos Cem Anos. A zona em que se encontra situado no Mar da Mancha é uma zona de marés das mais altas do mundo.
Seguiu-se a visita a Saint Malo, uma cidade muralhada conhecida como a cidade dos Corsários.
O dia cinco – De Saint Malo fomos em direcção a Tréguier, visitando a Catedral de S.Tugdual, onde se encontra o túmulo de Santo Ivo padroeiro dos advogados e da Bretanha. Tréguier é uma comuna francesa na região administrativa da Bretanha.
No caminho para Quimper e passando em Morlaix, onde foi o almoço, houve também oportunidade de apreciar a costa de granito rosa.
Parecendo incongruente, Morlaix foi intensamente bombardeada pelas tropas aliadas durante a guerra, por aqui estarem instaladas unidades alemãs que procuravam defender este ponto estratégico da comunicação por ferrovia.

Como em muitas outras cidades francesas que tivemos oportunidade de visitar, as flores são um elemento decorativo para pontes e ruas que se tornam motivo de disputa em concursos entre habitantes. O alojamento foi no hotel Oceania Quimper.
O dia seis – Saindo de Quimper, visita a Concarneau construída dentro de uma fortaleza, e ainda a visita à maior concentração de megalíticos da Europa em Carnac e dali seguimos para Nantes, a antiga capital bretã. Jantar e alojamento no Novotel Nantes Centre.

Dia sete – Deixando para trás o hotel em Nantes onde foi servido o pequeno almoço, seguimos para Tours com passagem por Angers e continuando ao longo do Vale do Loire até Chenonceau, para uma visita ao que é conhecido como Castelo das Seis Mulheres. O dia terminou com a visita ao majestoso castelo de Amboise. No corpo exterior do castelo tem a capela de Saint-Hubert contendo o túmulo de Leonard da Vinci, que terminou a sua existência nesta cidade, onde viveu os seus últimos dias no solar de Clos Lucé concedido pelo rei Francisco I, para quem passou a trabalhar directamente. Aqui pudemos apreciar alguns dos seus inventos.
O dia oito – Era o último dia do circuito e o Novotel Amboise, bem longe do bulício da cidade, a permitir uma noite repousante para nos fazermos ao regresso. Tendo como visita principal a Catedral de Chartres, foi para mim uma agradável surpresa a visita panorâmica ao palácio de Chambord, o maior do Vale do Loire e que inicialmente foi mandado construir para pavilhão de caça. Há relatos que sugerem ter sido Leonardo da Vinci o autor do desenho original e que a silhueta do palácio procurava ser a de uma cidade ou até a da grandiosa Constantinopla.

Por fim a Catedral de Chartres, toda ela uma preciosidade mas cujos vitrais e mensagens que transmitem lhe dão o nome de “a Bíblia feita de Pedra”. Pessoalmente, teve um grande significado o labirinto existente na nave central que se diz dedicado à Mãe de Deus, tem onze anéis e representa um percurso de vida onde o número 11 simboliza as peripécias que o homem tem de ultrapassar ao longo da sua vida. Tal como o fio dum novelo, esse fio seguro em nossas mãos leva-nos ao Divino Filho da Virgem Maria e as 273 pedras de que é composto o caminho do labirinto significam o período da gestação durante os necessários nove meses ou 273 dias, chegando à última pedra - a maior - que representa a Porta do Paraíso. Permito-me referir aqui esta curiosidade:- em 2010 escrevi e publiquei o livro "Chão de Alverca - refúgio da memória", que relata 18 anos da minha vida e que ali começou em 1944, inserindo na sua capa o labirinto que achei poder representar um percurso de vida - o meu - que ali tinha o seu início. A imagem do labirinto, que na altura terei buscado e retirado de uma qualquer publicação que me esteve acessível, é aquela que agora ajudou ao encerramento do ciclo de viagens que tinha programado de há muito. Acaso ou simbolismo ?
Prestes a terminar este circuito organizado pela Agência Abreu, foi feita a foto de grupo, no qual se incluía a guia Manuela e o condutor do autocarro de nome Domingos, que tão bem nos conduziram durante os oito dias da viagem. As 24 pessoas que compunham o grupo de viajantes foram uns excelentes companheiros. Deixo aqui um abraço para todos.
 

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Acaso ou simbolismo ?

Já o deixei escrito em diversos momentos e circunstâncias:- gosto de viajar… conhecer mundo… conhecer outras gentes.
Sempre que o pude fazer… viajei. Mas faltava encerrar o ciclo de viagens em que fosse tratado o tema 2ª.guerra mundial, só não o tendo encerrado já por razões terrivelmente marcantes na vida da família.
Foi possível reunir agora melhores condições para  fazer o circuito que incluía a visita aos locais do desembarque nas praias da Normandia, no famoso Dia D, que hei-de relatar de forma mais alargada, como o tenho feito no relato de anteriores viagens.
Contudo, não pude deixar de partilhar agora um pormenor que dá razão ao título desta postagem - acaso ou simbolismo ?
Na verdade, tendo finalizado o circuito com a visita à Catedral de Chartres, havia de ser a explicação quanto ao significado do famoso labirinto que existe na nave central da Catedral, que nos foi proporcionada pela guia local, que me  levou a esse título. 
É chamado de labirinto dedicado à Mãe de Deus, tem onze anéis e representa um percurso de vida onde o número 11 simboliza as peripécias que o homem tem de ultrapassar ao longo da vida. Tal como o fio dum novelo, esse fio por nós seguro leva-nos ao Divino Filho da Virgem Maria e as 273 pedras de que é composto o caminho do labirinto significam o período da gestação durante os necessários nove meses ou 273 dias, chegando à última pedra - a maior - que representa a Porta do Paraíso.
Em 2010 escrevi e publiquei o livro "Chão de Alverca - refúgio da memória", que relata 18 anos da minha vida, que ali começou em 1944, inserindo na sua capa o labirinto que achei poder representar um percurso de vida - o meu - que ali tinha o seu início.
Por uma estranha coincidência a imagem desse mesmo labirinto, que na altura terei buscado e retirado de uma qualquer publicação que me esteve acessível, foi aquele que agora ajudou ao encerramento do ciclo de viagens que tinha programado.
Aqui o deixo descrito de forma incompleta e muito resumida, mas ainda assim faz-me questionar:- acaso ou simbolismo ?