quinta-feira, 30 de julho de 2009

CARNAVAL DOS CAMINHEIROS 1997

Neste ano, o desfile de Carnaval dos Caminheiros da Gardunha foi já muito mais elaborado que os anteriores e envolveu um número de pessoas muito considerável, para além de implicar as diligências necessárias para reunir fardamentos e instrumentos, num estado de conservação que só o Carnaval os poderia aceitar naquele estado.
A "inauguração" de três importantes melhoramentos na regedoria, tais como, uma "banda ressuscitada", um "marco de correio" e o "jet 7", implicava desde logo a figura do "Rege-Dor" e os discursos adequados às circunstâncias.
Procurei desempenhar o melhor possível o papel de "Rege-Dor" e por isso adequei os discursos ao personagem que havia imaginado. Decorridos 12 anos, até eu próprio fico surpreendido com os textos.
As imagens recolhidas tiveram de ser reduzidas ao máximo de 10,00 minutos permitido pelo Youtube, para onde o clip de vídeo foi carregado e depois inserido neste espaço. Apesar dessa limitação, é possível apresentar um conjunto de imagens que dão para entender a cegada.
E a onda de entusiasmo que se gerou a partir deste Carnaval tem permitido que todos os anos o corso carnavalesco venha para a rua, tornando os Caminheiros da Gardunha como os grandes responsáveis por um cartaz que se impôs a nível regional.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

CARNAVAL DOS CAMINHEIROS - 1996

Também em 1996 se realizou o tradicional baile dos mascarados, que tinha lugar no sábado anterior ou mesmo na véspera do dia de Carnaval, só que das cegadas que então aconteceram não houve recolha de imagens.
Mas aconteceu o desfile de terça-feira de Carnaval, com a crítica às obras que no Fundão não andavam nem desandavam, por isso chamadas de "Obras de Santa Engrácia".
Assumi o papel do "padre" que fez a encomendação das "suas almas", secundado pelo coro de "carpideiras" num "sentido pranto" por obras ou monumentos como: Casino Fundanense e Convento de Santo António, Regadio Cova da Beira, Associação de Regantes, Espaço Mercado-Facif, Pavilhão Gimno-desportivo, Associação Desportiva do Fundão e Palácio da Justiça.
E tudo se organizou em cima do acontecimento, o que me levou a elaborar os textos em tempo record e durante o tempo de trabalho por conta de outrém, reconhecendo por isso ter roubado algumas horas à entidade patronal de então.
Mas era pela boa causa dos Caminheiros da Gardunha que, com espírito de fraternidade e alegria, traziam para a rua o seu contagiante entusiasmo e tudo se justificava.
O que então era um grupo não organizado, sabia "organizar-se" em eventos desta e de outras naturezas, trazendo até aos nossos dias o corso de Carnaval que todos os anos se vai repetindo.
Ficam para a posteridade as imagens do desfile de Carnaval de 1996, com a crítica às "Obras de Santa Engrácia", no Fundão.

terça-feira, 28 de julho de 2009

CARNAVAL DOS CAMINHEIROS - 1995

Em véspera de Carnaval, o baile dos mascarados proporcionava sempre as mais inesperadas e imaginativas trapalhadas.
O ambiente que então existia era descomplexado e participativo, levando a que facilmente se improvisasse um quadro, sugerido por qualquer programa de TV, comportamentos de figuras públicas ou imitação de mestres de qualquer ofício.

Foi assim que nessa noite, pela primeira vez, incorporei a figura do fotógrafo "a la minute", com uma máquina de características únicas e se exibiu o conjunto "Os BatnAvó".

Para o conjunto e quase em cima do acontecimento, foi-me pedida uma letra, e num esforço à criatividade da rima lá surgiu uma dedicada à Ciciolina, que então estava na berra devido às suas extravagâncias pornográficas e recente visita a Lisboa.

Não deu para ensaios do grupo nem mesmo para adaptação à letra, mas a exibição dos "BatnaAvó" foi um êxito.

Para recordar, aqui fica a letra da canção:

Refrão
Mostra a mama óh Ciciolina
Mostra a mama a toda a gente
Mostra a mama óh Ciciolina
Para o Zé ficar contente

A saia da Ciciolina
Deixa ver a cuequinha
Quando ela a deita p’ra baixo
Logo se vê a ratinha

A saia da Ciciolina
Foi feita para descer
Também a sua ratinha
Foi feita para … mijar

A saia da Ciciolina
Deixa ver as suas fraldas
Viram lá uma coisa grossa
Era um boneco das Caldas

A saia da Ciciolina
Guarda cobras e lagartos
Fartam-se de comer a fruta
Para ver se ficam fartos

A saia da Ciciolina
Tem um buraco por trás
Quando o Zé o vai tapar
Já nunca sabe o que faz

A saia da Ciciolina
Tapa um grande aspirador
É um buraco sem fundo
Até engole um tractor

Nas nalgas da Ciciolina
Desenharam lá um U
Se querem pôr o assento
Têm d’o meter no cú

Para acabar a cantiga
Da saia da Ciciolina
Pega-se fogo à ratinha
Regada com gasolina

O local da brincadeira foi no edifício do restaurante do parque de campismo, na altura ainda em construção.

Dada a presença deste fotógrafo, já então com fama de paparazzi, havia que "inventar um evento" para o desfile do dia seguinte.

E rapidamente se formou a cena do casamento com noivos, menino das alianças, convidados e, naturalmente, o fotógrafo a fazer a reportagem.

A população foi sendo também apanhada no "cliché", sempre que era convidada para ser fotografada com os foliões, mas ignorando que uma máquina verdadeira ia fotografando as suas reacções com os efeitos do "disparo" da objectiva.

O conjunto de imagens então recolhidas são elucidativas quanto ao êxito das brincadeiras improvisadas para o baile dos mascarados e para o desfile do dia seguinte.

domingo, 26 de julho de 2009

CARNAVAL DOS CAMINHEIROS - 1994

VIAJANDO NO TEMPO

Neste, como noutros "regressos ao passado" da memória, detenho-me em mais um dos bons momentos que o Carnaval vivido pelos Caminheiros da Gardunha nos proporcionavam.
O ambiente saudável e de alegre disposição era por todos aproveitado para se expandirem sem reservas, entregando-se às brincadeiras que a todos contagiavam. A ordem era para o divertimento descomplexado e daí que o baile dos mascarados, que antecedia o dia de Carnaval, fôsse sempre um êxito. As mais incríveis e inesperadas figuras apareciam, na pele de pessoas que seria difícil imaginar, e contribuiam sempre para o êxito das festas.
E de uma noite de baile, sempre bem surtida quanto a petiscos, passava-se para o dia seguinte com o lanche do muito que sobrava da noite anterior, terminando com nova edição de brincadeiras e os inevitáveis fados à desgarrada.
As imagens possíveis aqui ficam, a testemunhar os momentos que tão de bom grado se evocam.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

CARNAVAL DOS CAMINHEIROS - 1993

VIAJANDO NO TEMPO

Já o escrevi aqui mais do que uma vez, esta forma de "viajar" não tem limites quanto à duração da "viagem" nem ao tempo em que se situa, dependendo apenas do alcance da memória. E esse é ilimitado.

Desta vez vou instalar-me no "miradouro" que permite visionar a organização dos primeiros desfiles do Carnaval, sustentado nas imagens que ficaram desses momentos, recuando até ao ano de 1993.

Dizer que aqueles surgiam de forma expontânea, é pretender simplificar muito a questão quanto à ideia, a origem de textos, os artefactos a utilizar e a mobilização das pessoas que seriam necessárias para compor os quadros. E como responsável pelo grupo, essas e outras responsabilidades tinha de as assumir naturalmente, embora a colaboração dos demais elementos nunca tivesse faltado.

Se bem que a primeira saída para a rua - naquilo que foi chamado de primeiro desfile - se baseasse no disfarce, mais elaborado ou menos elaborado, conforme a imaginação, já os que se seguiram foram sustentados na crítica a diversas situações locais.

Sendo nessa altura um grupo não organizado em termos estatutários, tinha na colaboração entre todos a sua grande virtude, pois não havia reservas de qualquer espécie quanto ao espírito de convívio, sempre baseado na boa disposição e alegre aproveitamento dos momentos de ócio.

E era de forma descomplexada que assumíamos as figuras do Carnaval e vínhamos para a rua "provocando" no bom sentido a população, que se associava aos foliões e conferia à festa as caracterísicas que deve ter o Carnaval.

A figura de "Madona/Mamona" que então assumi é um dos exemplos, numa terça-feira de Carnaval em que os funcionários públicos não tiveram tolerância de ponto e por isso receberam a nossa visita na Câmara Municipal do Fundão.

Tempos que irei aqui recordar através das imagens que fazem parte do meu arquivo de imagens, que ficou desses tempos de boa memória.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Como concretizar o sonho de viajar

Muitos gostarão de viajar, tanto quanto eu. Adoptei até como referência uma frase do amigo Joaquim Nunes das Neves: "Porque uma viagem vale mais do que a leitura de 100 livros". Tenho constatado que é verdade.
Concretizar esse sonho nem sempre é possível, desde que não haja meios económicos para o fazer.
Não sou rico, mas aprendi que se soubermos fazer economias, conseguimos realizar alguns desses sonhos. E se um cruzeiro, na maior parte dos casos, representa o sonho de uma vida, no meu caso já consegui realizar três cruzeiros:
2002 - Brisas do Mediterrâneo (Barcelona, Mónaco-Monte Carlo, Pisa-Luca, Roma, Nápoles- Pompeia, Malta, Barcelona), o primeiro;
2008 - Cruzeiro das ilhas gregas (Atenas, Santorini, Rhodes, Myconos, Dubrovnik, Veneza), o segundo;
2009 - Cruzeiro no Báltico (Copenhague, Gdansk, Klaipeda, Estocolmo, Tallin, S.Petersburgo, Helsinquia), o terceiro;
Sendo um profissional da gestão de números, procuro que a minha vida pessoal e familiar também assente numa boa gestão dos números que a condicionam, principalmente os que dizem respeito à parte económica.
Curiosamente foi no primeiro cruzeiro, quando fazíamos a visita à primeira capital da ilha de Malta - Mdina - hoje chamada de "cidade do silêncio", por se encontrar quase desabitada, que em conversa com um grupo de brasileiros me apercebi da sua forma de fazer economias para as viagens:- começam a colectar-se para a viagem seguinte, mal acabam de fazer a anterior.
Também assim procedo em relação aos meus aforros para as viagens, começando a fazer economias no ano anterior à sua concretização, através de uma conta a prazo.
E a demonstração de que podemos fazer economias, seja para viajar ou para qualquer outro projecto, apresentei-a a um fumador de 2 maços de tabaco por dia. Tomando como valor do maço 4€, é simples: 4,oo€ x 2 x 30 dias = 240,00€ x 12 meses = 2.880,00€/ano.
Com esse valor é possível fazer uma viagem muito interessante para duas pessoas. Mas por vezes os fumadores são dois no casal !
Ora eu não sou fumador, por essa razão vou conseguindo dar concretização ao sonho de viajar.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

"O teatro dá sabor à vida"

Nem sempre as saídas para longe nos compensam tanto o espírito e o corpo, como estas em que "vamos para fora cá dentro" aproveitando, afinal, o que de tão bom por cá temos.
Ir ao teatro, mesmo que à custa de uma deslocação de mais de 250 km até ao Porto, enriquece-nos o espírito. E a peça de Filipe La Féria "A Gaiola das Loucas", bem contribuiu para isso.
O jantar no terraço do Rivoli, à luz da vela e música ao vivo, que julgamos contribuir apenas para o bem estar do corpo é também muito benéfico para o espírito. E olhando os pratos, a frase que neles está impressa, justifica plenamente este ou outros circuitos que nos levem, perto ou longe, junto de um palco: "o teatro dá sabor à vida".

O dia seguinte continuou a ser de alimento para o corpo, com uma gostosa cataplana de tamboril e marisco, na Nazaré, onde não deixamos de ir sempre que estamos por perto. Aliás, a Nazaré é sempre um bom destino para nós.
Mas depois também alimentámos o espírito, visitando a Quinta dos Loridos, da Fundação Berardo, perto do Bombarral (saída 12 da A8).
Chamado de "Buddha Eden" ou Jardim da Paz, é um espaço de cerca de 35 hectares, que pretende ser um espaço de reconciliação, meditação, "... como forma de redescobrir a felicidade. Ambicionamos, assim, percorrer o caminho contrário à destruição do ser humano e disseminar a cultura da paz". É o que se lê dos objectivos que levaram à sua criação, idealizada e concebida "pelo comendador José Berardo em resposta à destruição dos Budas Gigantes de Bamyan" pelo governo talibã, no Afeganistão.

Sem nos questionarmos sobre tais objectivos ou sobre o investimento ali feito, pessoalmente acho que investir na arte e na cultura vale sempre a pena.
E cada qual é senhor de fazer do seu dinheiro o que muito bem entender, desde que administre apenas o que é seu.
Aconselhamos uma visita ao local, e se tal não fôr possível, uma simples espreitadela ao site: