terça-feira, 28 de julho de 2009

CARNAVAL DOS CAMINHEIROS - 1995

Em véspera de Carnaval, o baile dos mascarados proporcionava sempre as mais inesperadas e imaginativas trapalhadas.
O ambiente que então existia era descomplexado e participativo, levando a que facilmente se improvisasse um quadro, sugerido por qualquer programa de TV, comportamentos de figuras públicas ou imitação de mestres de qualquer ofício.

Foi assim que nessa noite, pela primeira vez, incorporei a figura do fotógrafo "a la minute", com uma máquina de características únicas e se exibiu o conjunto "Os BatnAvó".

Para o conjunto e quase em cima do acontecimento, foi-me pedida uma letra, e num esforço à criatividade da rima lá surgiu uma dedicada à Ciciolina, que então estava na berra devido às suas extravagâncias pornográficas e recente visita a Lisboa.

Não deu para ensaios do grupo nem mesmo para adaptação à letra, mas a exibição dos "BatnaAvó" foi um êxito.

Para recordar, aqui fica a letra da canção:

Refrão
Mostra a mama óh Ciciolina
Mostra a mama a toda a gente
Mostra a mama óh Ciciolina
Para o Zé ficar contente

A saia da Ciciolina
Deixa ver a cuequinha
Quando ela a deita p’ra baixo
Logo se vê a ratinha

A saia da Ciciolina
Foi feita para descer
Também a sua ratinha
Foi feita para … mijar

A saia da Ciciolina
Deixa ver as suas fraldas
Viram lá uma coisa grossa
Era um boneco das Caldas

A saia da Ciciolina
Guarda cobras e lagartos
Fartam-se de comer a fruta
Para ver se ficam fartos

A saia da Ciciolina
Tem um buraco por trás
Quando o Zé o vai tapar
Já nunca sabe o que faz

A saia da Ciciolina
Tapa um grande aspirador
É um buraco sem fundo
Até engole um tractor

Nas nalgas da Ciciolina
Desenharam lá um U
Se querem pôr o assento
Têm d’o meter no cú

Para acabar a cantiga
Da saia da Ciciolina
Pega-se fogo à ratinha
Regada com gasolina

O local da brincadeira foi no edifício do restaurante do parque de campismo, na altura ainda em construção.

Dada a presença deste fotógrafo, já então com fama de paparazzi, havia que "inventar um evento" para o desfile do dia seguinte.

E rapidamente se formou a cena do casamento com noivos, menino das alianças, convidados e, naturalmente, o fotógrafo a fazer a reportagem.

A população foi sendo também apanhada no "cliché", sempre que era convidada para ser fotografada com os foliões, mas ignorando que uma máquina verdadeira ia fotografando as suas reacções com os efeitos do "disparo" da objectiva.

O conjunto de imagens então recolhidas são elucidativas quanto ao êxito das brincadeiras improvisadas para o baile dos mascarados e para o desfile do dia seguinte.

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